Muralhas medievais, igrejas românicas, catedral gótica, um palácio real, bairro judeu, ruas com prédios remanascentes dos séculos de ocupação e ainda o aqueduto romano com mais de 160 arcos com características tão peculiares formam um aglomerado arquitetônico que deu a Segóvia o status de Cidade Patrimônio da Humanidade desde 1995.

As tribos celtas foram as primeiras a se acomodarem por lá, depois foi ocupada por romanos em 80 a.c. Fatos que deram à Segóvia um ar de cidade lendária.

Fomos passar 1 dia em Segóvia numa viagem bate e volta partindo de Madrid. Essa linda cidade está localizada no centro da Espanha, um país que nos encantou e onde sempre que vamos reservamos alguns dias para conhecermos cidades próximas.

⇒ Veja também nossos posts sobre Ávila, Toledo, Córdoba, Sevilha, Cuenca. E não deixe de ler outra visão de Como ir de Madrid para Toledo na Espanha do blog De lugar nenhum.

Como chegar em Segóvia

Antes de começarmos o roteiro que fizemos em Segóvia, é importante dizer como chegar à cidade seguindo de Madrid, que foi nosso ponto de partida para essa viagem bate e volta. Aliás, sempre que possível incluímos em nosso roteiros esse tipo de viagem para conhecermos lugares que nos interessam localizados a distâncias pequenas de uma cidade-base onde estivermos.

Falamos mais sobre isso no post Bate e volta: uma forma de conhecer novos destinos. Aproveitando, seguem dicas de textos de outros blogs sobre o assunto que temos certeza de que irão encorajar quem ainda não experimentou esse tipo de viagem :).

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Segóvia fica a 92km de Madrid, assim sendo, seja qual for o meio de transporte escolhido, a viagem será curta.

De carro

Usamos o carro de Camila para fazermos essa viagem, ela e o marido estavam trabalhando e nos cederam carro. A viagem dura menos de 1 hora, a estrada é muito tranquila. Basta colocar no seu app preferido e vai chegar em Segóvia sem estresse nenhum, até porque o percurso é muito bem sinalizado caso haja algum problema com sinal.

Para quem não tem essa facilidade de ter um carro à disposição, pode alugar um por 1 dia e seguir viagem. Uma diária de um carro categoria econômica está custando R$ 350,00 em média. Faça uma cotação atualizada com nosso parceiro RentCars.

Indo de carro, chegando lá terá que procurar um local para estacionar, pois entrar no centro histórico está fora de cogitação. Há alguns estacionamentos que cobram por hora/dia, mas se quiser perder um tempinho à procura de alguma rua com vaga disponível fique à vontade, porém nós optamos pelo estacionamento que fica logo na frente do aqueduto pelo praticidade da localização.

Pagamos 18€85 por quase 8 horas de permanência. Foi caro? Sim, mas achamos que valeu a pena já que queríamos aproveitar ao máximo nosso tempo na cidade. Vimos que 24 horas custam 26€.

De ônibus

A viagem dura 1:20h, custa entre €7 e € 9 e parte da estação Intercambiador Moncloa.

De trem

Parte da estação Sol, mas faz parada também em Chamartin. A viagem dura quase 1:30h. O valor varia entre € 7 e 25€, depende do horário e da classe escolhida.

Roteiro de 1 dia em Segóvia

Vamos listar na ordem que fizemos nosso passeio pela cidade.

Como chegamos relativamente cedo para os padrões espanhóis no inverno, a cidade estava acordando ainda. Assim que passamos pelo aqueduto, que fica logo na entrada do centro histórico, nos dirigimos ao Centro de Informações Turísticas, fomos muito bem recebidos, nos deram um mapa e marcaram os principais pontos de interesse, que na verdade já tínhamos anotados, mas informação nunca é demais né?

Seguimos então pelas ruas estreitas com lindas casas e pequenos prédios antigos. Nosso destino era a Catedral, que por ficar na Plaza Mayor, já veríamos 2 pontos de nosso roteiro e claro o que fôssemos encontrando pelo caminho que nos chamasse atenção.

Ops, pit stop para um café 🙂

Pelo caminho resolvemos parar para tomarmos um café e já que era fevereiro, ou seja, fazia um friozinho bem caprichado para nós nordestinos acostumados ao calor médio de 28ºC, por que não churros com chocolate???

Paramos no La Tropical, vimos que era frequentado por moradores que faziam do local um ponto de encontro matinal entre amigos. Esses são os melhores achados em viagens concorda? Bom, churros com chocolate quente delícia, seguimos nossa caminhada.

Anota o nome hehehe.

Casa de los Picos

Pouco depois da metade do séc. XV, o político (regidos) D. Juan de la Hoz construiu uma casa típica em Segóvia e cobriu toda a fachada com peças em formato de losango trazendo um aspecto medieval à construção. Ficou conhecida como Casa de los Picos.

Teve vários proprietários entre públicos e particulares, porém na década de 70 foi transferida para o Ministério da Educação e Ciência que instalou no espaço uma Escola de Artes Aplicadas que funciona até os dias atuais.

Endereço: C. Juan Bravo, 33

Igreja de San Martin

O que vimos hoje é uma estrutura românica com absides com decoração da época. A nave tem em seu centro a torre da igreja de três corpos. Capitéis românicos adornam as colunas que sustentam os arcos do átrio que são considerados os mais bonitos de Segóvia. Elementos resultantes de sua origem moçárabe.

A igreja é aberta para visitação, mas seu interior não pode ser fotografado.

Endereço: C. José Canalejas, 4

Plaza Mayor

Muitas cidades espanholas, incluindo Madrid, tem uma Plaza Mayor localizada onde pode-se chamar de o coração da cidade.

Nesse contexto Segóvia não fica de fora, sua Plaza Mayor é o resultado da política urbana do século XVII. O desmoronamento da igreja de São Miguel em 1523 alterou o visual da praça já que a igreja ficava no centro da praça. A partir disso surgiram 3 novas pequenas praças.

Em 1532, de um lado surgiu a Ágora de Segóvia a sua forma atual, especialmente devido à construção da Catedral iniciada em 1525.

Com o tempo as transformações foram acontecendo gradualmente. Em 1623, Brizuela ordenou a construção do Paços do Conselho com fachada em granito, torres em ardósia e relógio de sinos. Mais tarde as casas e edifícios começaram a aparecer ao redor da praça e dentre eles o Teatro Juan Bravo, construído em 1917.

Contudo, a Plaza Mayor já fora chamada de Plaza de la Constituición na época Bourbon. Posteriormente veio a guerra civil que mudou seu nome para Plaza de Franco e graças à democracia o nome atual chegou para ficar.

Porém foi no séc. XIX que chegaram as pousadas, hotéis, cafés e lojas e a praça ganhou vida.

Catedral de Segóvia

A Catedral de Santa Maria fica na Plaza Mayor, sendo assim, podemo dizer que está no coração da cidade.

Um imponente órgão e 20 capelas estão no seu interior que ainda abriga um castro gótico e um Museu de Arte religiosa.

Conhecer o interior da catedral é imperdível para quem gosta de arte e história, independente da crença religiosa. E para tornar a visita ainda mais interessante, não deixe de subir à torre.

Para isso é preciso um ticket extra, a visita é guiada, com horário determinado e com quantidade de pessoas determinada, dura cerca de 1 hora. Porém precisamos avisar que as pessoas que têm claustrofobia ou algum problema com altura não devem se aventurar, pois as escadas são bem estreitas e há espaços fechados.

Contudo ao chagarmos ao topo dos 108m de altura da torre onde fica a sala dos sinos temos uma vista de 360º da cidade que vale muito a pena. Além de toda a história sobre a catedral e a vida das pessoas que moravam na torre que eram as responsáveis pelos sinos, que outrora tinham uma importante função na rotina da cidade.

Endereço: C. Marqués del Arco, 1

Almoço no Mesón de Cándido

Depois das caminhadas pelas ruas e subida à torre da catedral, voltamos para o aqueduto, local onde começamos nosso passeio para almoçarmos na Mesón de Cándido onde tínhamos uma reserva para o almoço.

A especialidade da cozinha segoviana é o cochinillo, nome dado ao leitão com 28 dias de nascido que é assado lentamente no forno à lenha, o que deixa a carne tão macia que não é preciso faca para cortá-la.

Já havíamos experimentado a iguaria em Madrid no restaurante El Botin, considerado o mais antigo do mundo e estando em Segóvia, não poderíamos deixar de termos a experiência na cidade conhecida como especialista no prato.

O restaurante é bem antigo, começou em 1905 e hoje é administrado pela 3ª geração da tradicional família da região. A decoração é linda, original e típica.

Pedimos o prato carro-chefe da casa, uma salada, batatas e vinho. Era fevereiro, o frio daquele dia estava um pouco maior do que esperávamos, sendo assim, tomar um bom vinho espanhol ao lado da janela com vista para o aqueduto era uma experiência que queríamos vivenciar.

O prato estava delicioso, pagamos 26€ pelo leitão e 24€50 pelo vinho e pelos 2 acompanhamentos 8€75. Sem esquecer de avisar que a cestinha de pães é paga e custa 3€.

Funciona diariamente das 10:30h a 00:00h.

Endereço: Pl. Azoguejo, 5

Aqueduto

Construído inicialmente pelos romanos com 894 metros, é uma obra da engenharia que encanta a quem não é da área, imagine um engenheiro civil diante daquele paredão! Ricardo ficou um tempão pensando alto a respeito de como haviam conseguido executar aquela façanha na época com tão poucos recursos.

São quase 20 mil blocos de granito em tamanhos diversos sobrepostos sem utilizar nenhuma argamassa. Imponente, o aqueduto fica todo iluminado ao anoitecer, pena que não ficamos para ver isso, saímos de Segóvia no final da tarde.

Alcázar

Segóvia tem até castelo que serviu de inspiração para contos infantis sabia disso? Estamos falando do Alcázar.

Os romanos foram os responsáveis por sua fortificação am pedra e graças aos cuidados recebidos por séculos, está em ótimo estado de conservação. As salas que guardam os tesouros da era islâmica merecem atenção e tempo do roteiro.

É um castelo com aparência de palácio, serviu de morada para muitos reis de diferentes dinastias, mas ficou mais conhecido como o castelo de Filipe II.

Apesar de ter sido fortemente danificado num incêndio em 1862, o Alcázar foi reformado e atualmente abriga um museu de armas, como já comentamos anteriormente, uma coleção de tapeçarias e objetos de arte. Além da linda vista das muralhas do alto do penhasco. Apesar de que suas torres pontiagudas em ardósia também são um ponto alto do castelo.

Endereço: Pl. Reina Victoria Eugenia, s/n

Horário: de abril a outubro, das 10:00h às 20:00h. De novembro a março, das 10:00h às 18:00h

Ingresso: 5€50 e 3€ o áudio guia

Muralha de Segóvia

O que vimos hoje da muralha, está entre a Porta de San Andrés e o Ponto de Informação Turística.  Na é oca medieval, a muralha partia do Alcázar e contornava toda a cidade, contudo atualmente ainda conseguimos percorrer, nem que seja só visualmente, boa parte desse espaço amuralhado.

Portas, postigos e monumentos estão pelo percurso da muralha.  Além disso, podemos contemplar vistas magníficas do bairro judeu e da arquitetura militar medieval da cidade, bem como a necrópole hebraica que se estende até o outro lado do vale dos Clamores.

A porta de San Andrés está conservada, assim como os portões de San Cebrián e Santiago, ambos com arcos de ferradura e corpo baixo de blocos de pedra com enchimento.

Nós saímos do Alcázar e seguimos subindo as ladeiras ao lado da muralha até chegarmos novamente ao centro da cidade onde paramos um lanche. O almoço foi farto e saboroso, mas as caminhadas pelo aqueduto e posteriormente até o Alcázar, sem contar com as ladeiras pela muralhas consumiram toda a sustância que o porquinho nos deu :).

Lanche

Pelas ruas no caminho de volta para o aqueduto, onde nosso carro estava estacionado, vimos a Granier, uma padaria que estava cheia de gente, o que nos chamou a atenção. Resolvemos entrar para um lanche.

Pedimos café, bolinho e croissant doce. Foram 30 minutos de descanso para recarregarmos as baterias e pegarmos a estrada de volta para Madrid. O lugar é bem simpático, os doces estavam bem gostosos.

Endereço: Pz. Corpus Cristi, 3

Passear pelas ruas de Segóvia

Segóvia é uma cidade para conhecer caminhando, ver seu rico centro histórico, visualmente falando, não dá pra descrever em palavras, há caminhos e detalhes que só estando lá para perceber, como também depende muito do olhar de cada visitante.

Tem aquela rua famosa, seja por um prédio, seja por uma igreja, mas há também aquela onde entramos sem querer e que nem vemos a placa com o nome, mas que tem um charme, um detalhe que nos chama atenção simplesmente.

Estando em Madrid, pense na possibilidade de fazer um bate e volta até Segóvia, para quem gosta e conhecer a história de um país que está visitando, é uma forma de acrescentar conhecimento e memórias que ninguém tira de você.

 

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