El Botín em Madrid: o restaurante mais antigo do mundo

Depois de um dia de muitas caminhadas e comilanças em Madrid, fomos jantar no El Botín, o restaurante mais antigo do mundo segundo o Guinness Book. Esse foi um dia bem voltado à gastronomia, e o bom que foi tudo bem perto um o outro. Experimentamos os tradicionais churros madrilenhos no San Gines e almoçamos no Mercado San Miguel, ambos bem perto da Plaza Mayor e esse último na mesma rua do El Botín.

Então fica a dica, se você é como nós, adora conhecer a culinária local, anote esses nomes e será uma dia literalmente muito gostoso :).

Fachada do El Botín

Soubemos que duas coisas fariam nossa visita bem especial: sentarmos numa mesa no subsolo onde dizem ter começado o  restaurante e a outra era comer o prato que é o carro-cheque da casa, o famoso cochinilho.

Reservamos com antecedência uma mesa para 4 pessoas, estávamos Ricardo e eu e Camila e Nico (minha enteada e o marido espanhol que moram em Madrid). Eles ainda não tinham ido ao El Botín mas claro que conheciam sua história e fama.

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Quando enviei o email solicitando a reserva, pedi que se possível nossa mesa fosse no subsolo, eles não garantiram mas disseram que fariam o possível. E lá ficamos nós numa mesa embaixo, no subsolo como queríamos. A primeira etapa havia sido cumprida e a próxima só dependia de nós!

O restaurante tem alguns salões, nenhum é grande, mas todos bem aconchegantes. Passamos rapidamente pelo salão principal que estava com todas as mesas cheias e fomos levados para o subsolo por um funcionário que nos mostrou o caminho depois de termos dado o nome da reserva.

A escada é de madeira e bem estreita. Quando descemos havia outras pessoas atrás de nós, tirei uma foto para mostrar aqui como é o espaço, mas como foi bem na pressa para não atrapalhar quem estava atrás de mim, ficou um pouco sem foco mas dá pra ver o ambiente.

Nossa mesa era atrás daquela coluna de tijolos do lado direito

As mesas ficam bem próximas umas das outras, principalmente as que ficam lado a lado como essas do lado direito da foto. A nossa era uma dessas.

Veja que tem um casal numa mesa ao lado que parece que estão na mesma mesa que nós

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O prato mais vendido e que deu fama ao El Botín é o cochinilho, trata-se de um porquinho que é abatido apenas com 21 dias de vida e durante esse período alimenta-se apenas de leite. Sim, dá uma dó enorme, a gente chega a pensar que é uma judiação, mas para quem não é vegetariano e gosta de comer, a cadeia alimentar é levada à risca.

E no nosso pedido estava um cochinilho e um cordeiro que é o segundo mais pedido da casa. Ambos vêm acompanhados por batatas e para completarmos pedimos um salada. Um vinho da casa e 3 sobremesas. Eu queria muito ter experimentado a famosa sopa de alho, mas como havíamos passado o dia comendo, não tinha espaço kkk.

Cordeiro, cochinillo, salada e as sobremesas torta de queijo, flan com nata e creme catalana

Nossa conta para 4 pessoas

Nosso jantar foi uma delícia, o cochinilho é realmente uma carne extremamente macia e saborosa. É servido 1 quarto para 2 pessoas, o que é uma quantidade pra lá de suficiente. O cordeiro também estava maravilhoso, experimentei um pedaço bem pequeno porque me ‘reservei’ para o porquinho.

O movimento no El Botín é muito grande, servem cerca de 600 cochinilhos por semana. Funciona todos os dias da semana, só fecha nos feriados do Natal e no Ano Novo.

Quando acabamos de jantar subi para dar uma olhada nos demais salões e na famosa cozinha onde ficam os leitões são assados e onde fica o forno que é o mesmo do começo do restaurante em 1725.

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Queria aquele espelho prata pra mim…

Forno do restaurante desde que foi inaugurado em 1725

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O El Botín é um charme né gente? Eu adoro esses lugares que contam histórias pelas paredes, mobiliário, culinária, o piso é show e os ladrilhos e azulejos idem. Eu queria pegar umas coisinhas pra trazer pra casa, um espelho, umas taças, mesinhas kkkk. Fico doida diante dessas peças.

Um pouco da história do El Botín

Esta antiga região de Madrid foi local da agitada vida da capital, era muito frequentada por comerciantes durante suas viagens a trabalho. Era perto da Plaza Mayor e das ruas vizinhas que detinha grande parte do comércio e artesanato da vila.

Na rua de Cuchilleros, que é o nome dado aos artesãos, existia no final do séc. XVI uma adega, onde funcionava uma hospedaria que teve a concessão para funcionar como tal em 1590 quando seu proprietário pagou 150 ducados.

É muito provável que a caverna (subsolo) usado atualmente como salão do restaurante seja original da época que a pousada funcionava no prédio e que anos depois foram construídos os andares como está hoje.

Em 1725 o prédio passou por reformas e é desse ano a construção do forno que ainda hoje funciona. É decorado com azulejos, a lenha proporciona um calor e aroma inconfundíveis que junto com os ingredientes usados segundo a receita muito antiga, permite chegar aos clássicos assados no estilo castelhano tão apreciados. A partir dessa data começa a aparecer o El Botín como restaurante e assim está no Guinness Book.

O velho El Botin de Cuchilleros está mais famoso e procurado que em qualquer época, renova diariamente seu empenho em continuar merecendo a aprovação de quem vai degustar e saborear seus tradicionais pratos num ambiente tipicamente madrilenho.

⇒ Esse é um resumo do texto que tem no cardápio do restaurante.

Como não ter vontade de conhecer? Quem não gosta de carne de porco ou de carneiro, pode apreciar algum tipo de peixe ou até mesmo começar com uma entrada e depois tomar uma das deliciosas sopas oferecidas no cardápio. O El Botín não vive só de porquinho :).

Para reservas: botin.es