A Tate Modern, um dos pontos turísticos mais procurados em Londres, é uma das galerias que compõem o Tate, o museu de arte moderna formado por mais 3 galerias: Tate Britain, Tate Liverpool, Tate St Ives e ainda a Tate Online.

Estivemos na Tate Modern em nossa 3ª viagem à Londres e na Tate Liverpool quando fizemos um bate-volta para conhecermos a cidade dos Beatles.

Como a Tate Modern é a mais famosa das galerias, vamos começar falando sobre ela e mais adiante sobre a Tate Liverpool. Contudo, antes mesmo de falar sobre elas, vamos contar um pouco sobre o surgimento da ideia dos Museus Tate, afinal o prédio da tão famosa Tate Modern tem muito legado muito interessante no contexto.

Além disso, adianto que nesse post você não verá inúmeras fotos de obras expostas nos museus, uma vez que quando você estiver lá terá suas próprias impressões e sensações não é verdade?

Aqui mostramos como surgiram esses espaços maravilhosos e um pouco de suas estruturas. Afinal, fotos são facilmente encontradas nos sites de busca, queremos que você entenda a essência dessas galerias que compõem o Museu Tate.

Vem com a gente.

Sobre o Museu Tate

Com a doação de sua coleção de arte britânica do séc. XIX, o industrial Henry Tate foi o responsável e financiador da primeira Tate Gallery em 1889.

Como um admirador de arte, tinha uma coleção de 65 pinturas que foi negada pela National Gallery por não ter espaço para acomodá-las. Em virtude disso, foi lançada uma campanha para a criação de uma galeria dedicada à arte britânica.

Posteriormente, após uma doação de Tate no valor de £ 80.0000 surgiu a galeria em Millbank, hoje conhecida como Tate Britain, inaugurada em 1897. O acervo foi formado com as obras do industrial e ainda com as da National Gallery.

A partir daí surgiram as outras galerias, totalizando atualmente 4 espaços, a coleção de arte britânica de 1.500 até os dias de hoje a ainda um acervo internacional de arte moderna e contemporânea totalizando cerca de 70.000 obras de arte.

Tate Members

Com a intenção de angariar fundos para adquirir obras de arte, promover e apoiar os trabalhos das galerias, foi criada a Tate Members em 1957, conhecida como Amigos da Tate Gallery.

A iniciativa foi muito bem recebida e foi responsável pela aquisição de cerca de 400 obras para a galeria, entre elas Mulher Chorando de Pablo Picasso.

Tate Modern

No inicio da década de 90, os responsáveis pelo Museu Tate idealizaram uma nova galeria dedicada às artes moderna e contemporânea.

Diante disso, em 1994, o local estava escolhido: a antiga Usina Elétrica Bankside. Estava lançado então o desafio de transformar o prédio em uma galeria mantendo o máximo possível da estrutura original do edifício. Essa tarefa foi delegada aos arquitetos suíços Herzog & De Meuron.

A construção inicial foi edificada em 1947 e nos anos 60 passou por reformas. Na ocasião tinha uma sala de turbinas com 35m de altura e 152m de comprimento, o que causava espanto, da mesma forma que sua casa de caldeira e uma única chaminé central.

Finalmente em 1996 a notícia foi divulgada.  A partir disso,  a agência de regeneração English Partnerships doou £ 12 milhões o que possibilitou a compra do prédio e o início da construção.

A estrutura de aço e alvenaria original foi exposta logo depois de retiradas as máquinas, as áreas da antiga usina foram transformadas em salas de exibições e galerias.

Até que em maio de 2000 as portas da Tate Modern abriram com mais de 40 milhões de visitantes, tornando-se uma das três principais atrações turísticas não de Londres, mas de todo Reino Unido. É responsável por uma contribuição em benefícios econômicos anuais na casa das 100 milhões de libras para Londres.

Mais adiante, em 2009, os arquitetos suíços voltaram a trabalhar num projeto para transformar os tanques de óleo da estação de energia aumentando o espaço da galeria, o que sem dúvida proporcionou uma experiência ainda melhor aos visitantes.

4 lugares de destaque do Tate Modern

Salão da Turbina – Turbine Hall

Lembra que mencionamos acima sobre a sala das turbinas? Então, é lá onde fica o Turbine Hall. Suas dimensões permitem acomodar até 7 ônibus um em cima do outro!

Imagine que nesse espaço, em meados do séc. XX, enormes geradores de eletricidade eram acomodados como o principal setor da usina Bankside.

Em virtude de suas dimensões, grandes obras de arte ganharam destaque por estarem expostas nesse espaço, exemplo disso são o sol suspenso de The Weather Project de Olafur Eliasson e o Shibboleth de Doris Salcedo.

Obras expostas na Turbine Hall quando visitamos.

A Chaminé

Com seus 99m de altura, é um pouco mais baixa do que a cúpula da St Paul’s Cathedral. Por causa disso, quando foi projetada em 1940, houve uma preocupação de que a chaminé da usina pudesse interferir demais na vista diante da catedral.

A fim de dar uma solução para o possível problema, o arquiteto Giles Gilbert Scott, o mesmo que idealizou as famosas cabines telefônicas de Londres, foi contratado. O projeto criado trouxe um edifício mais horizontal e mais baixo com sua ainda imponente chaminé que aparece no lado sul do Tâmisa.

A nova casa do interruptor – Switch House

Prédio da expansão da Tate Modern que resultou em 10 andares a mais para a galeria. Projeto dos arquitetos Herzog & De Meuron que usaram quase 170.000 tijolos para revestir o antigo prédio onde funcionava a casa de comutação da usina.

No topo do edifício , que é em forma de pirâmide, há um terraço aberto com uma vista para o rio Tâmisa e de Londres que abrange desde o Canary Wharf ao Estádio de Wembley. Para chegar nele, use o elevador no nível 1, o acesso é gratuito.

Os tanques

As salas ao lado da Turbine Hall que vemos hoje, já foram tanques subterrâneos que armazenavam o óleo que alimentava os geradores elétricos.

Apesar de ainda mostrar através de suas paredes as marcas do passado e sua história, atualmente os tanques estão totalmente escavados dando lugar a espaços onde acontecem performances, apresentações de dança, cinema e discussões.

A visita

Já pela fachada dá pra imaginar que esse Museu Tate não é pouca coisa. O prédio imponente já induz que a visita não é comum, com certeza surpresas estão por vir.

Fachada da Tate Modern Londres

Confirmamos isso assim que entramos e nos deparamos com a Turbine Hall. Impossível não ficar boquiaberto com o espaço independente do que estiver exposto nele. Só a dimensão e visual já encantam.

Dê uma olhada no mapa que fica nos andares para se ambientar melhor.

Mapa da Tate Modern em Londres

Adoramos visitar museus de todos os estilos – história da arte, história natural, ciências, arte moderna, história das civilizações. Estar na Tate Modern foi um dos momentos altos de nossa 3ª viagem à Londres, já que nas anteriores não conseguimos chegar nem perto dela porque queríamos estarmos lá sem hora para sairmos entende?

Ficamos mais tempo nos pavimentos 2 e 4 do Natalie Bell Building  onde ficam as obras de Kandinsky, Matisse, Picasso, Salvador Dali e Pollock. Fica a dica :).

⇒ Falando nisso, indicamos alguns posts de outros blogs sobre o tema: Casa de Jorge Amado: um dos melhores museus de Salvador (Viagem e Cura), Guia de museus em Montevideu (6 Viajantes), Caminho Velho – museus e acervos museais na Estrada Real (Expedições em família), Museu de História Natural de Los Angeles (Família que Viaja Junto),

De fato, nossa visita foi como queríamos, sem pressa, parando para ver com calma o que mais nos chamava atenção, desde o que tinha pelas paredes, pelo chão, pelo teto – sim , porque até olhar pra cima dependendo de onde estiver vale a pena.

Museu Tate em Liverpool

Instalação

Sala dos artistas

Loja

Como estava um dia bem chuvoso, não fomos ao terraço da Switch House para vermos a vista de Londres e do Rio Tâmisa, ficou para a próxima :).

Como chegar

Atravesse a Millennium Bridge partindo da St Paul Cathedral e estará na Tate Modern. Mas mesmo assim, veja as estações de metrô mais próximas ao museu.

Millennium Bridge

  • Estação Southwark: Jubilee Line (linha cinza)
  • Estação Blackfriars: District Line (linha verde) e Circle Line (linha amarela)
  • Estação St. Paul’s: Central Line (linha vermelha)

Essas duas últimas ficam do outro lado do rio próximas à St Paul Cathedral, tem que atravessar a Millennium Bridge.

Horário: Diariamente das 10:00h às 18:00h

Ingressos: Entrada gratuita, exceto algumas exposições temporárias, veja:

  • Visitantes com idade entre 16 e 25 anos podem ter acesso ao Tate Collective pagando £ 5
  • Até quatro crianças de 11 anos ou menos não pagam se estiverem acompanhadas por pai/mãe ou responsável
  • Ingressos familiares £ 5 – disponíveis para famílias com crianças de 12 a 18 anos
  • Até quatro crianças de 11 anos ou menos não pagam por pai ou responsável
  • Visitantes com deficiência pagam taxa de concessão e a entrada para acompanhantes é gratuita

Tate Liverpool

Entrada do Tate Liverpool

Apesar de ter sido inaugurada em maio de 1988, a Tate Liverpool começou a ser idealizada em 1980 quando o então diretor da Tate, Alan Bowness resolveu criar uma Tate no Norte, nome inicial dado ao projeto.

A proposta era criar uma galeria dedicada à arte moderna e ter como público alvo pessoas mais jovens, para isso programas educativos seriam incorporados proporcionando uma identidade que distinguisse essa galeria das demais.

A Royal Albert Dock em Liverpool era um local histórico, com seus cais movimentados por cargas principalmente vindas da Ásia. Estava abandonado na década de 80, quando o Museu Marítimo arrendou um dos armazéns do estaleiro e abriu restaurantes e bares.

⇒ Falamos mais sobre isso no nosso post Liverpool: roteiro de 1 dia num bate-volta de Londres.

Posteriormente, mais precisamente em 1985, o projeto da Tate Gallery em Liverpool foi delegado a James Stirling. Como resultado, a Tate Liverpool funciona no edifício de tijolo e pedra sobre robustas colunas dóricas que praticamente não sofreram intervenções na construção original, ainda que seu interior tenha se transformado num projeto de galerias elegantemente adequado para exibições e arte moderna.

Em 2007 foi divulgada a nomeação de Liverpool como a Capital Europeia da Cultura (título oficializado em 2008). Para comemorar, a Tate Liverpool sediou o Prêmio Turner sendo aquela a primeira vez que a competição foi realizada fora de Londres.

Consequentemente, mais de 600.000 pessoas por ano visitam a Tate Liverpool, desta maneira, a galeria tem destaque como um lugar adequado para grandes exposições europeias de arte moderna.

Estando lá conferimos o porquê de tantos turistas colocarem o museu no roteiro.

A visita

Na mesma viagem fomos a dois museus Tate, em Londres e em Liverpool. Foi uma coincidência, pois a galeria de Londres estava em nossos planos há um bom tempo, mas só dessa vez conseguimos visitar. Como programamos uma ida à Liverpool, conseguimos conciliar as duas visitas e foi ótimo.

A Tate Liverpool é bem menor do que a Modern, mas não menos interessante e do mesmo modo é imperdível. A curadoria do acervo é impecável, a organização e manutenção dos espaços excelentes.

Não são muitas salas, mas tem uma excelente estrutura com espaço kids, salas para exposições e instalação, workshops e um café.

Museu Tate Liverpool

Museu Tate em Liverpool

Instalação em um Museu Tate em Liverpool

É uma visita que não dura muito pois o espaço não é tão grande. Dá pra incluir tranquilamente no roteiro pela Royal Albert Dock reservando 1:30h mais ou menos.

Horário: Diariamente das 10:00h às 17:50h

Ingressos: Entrada gratuita, exceto algumas exposições temporárias, veja:

  • Visitantes com idade entre 16 e 25 anos podem ter acesso ao Tate Collective pagando £ 5
  • Até quatro crianças de 11 anos ou menos não pagam se estiverem acompanhadas por pai ou mãe
  • Ingressos familiares £ 5 – disponíveis para famílias com crianças de 12 a 18 anos
  • Visitantes com deficiência pagam taxa de concessão e a entrada para acompanhantes é gratuita

Não deixe de ler também Museu Mazzaropi em Taubaté (Vamos viajar pra onde agora), Museus em Doha – Qatar (Uma viagem diferente), Museu do Palácio Real Narayanhiti em Kathmandu  (Felipe, o pequeno viajante) e ainda Museu da Cerveja em Blumenau (Destinos por onde andei).

Sem dúvida ser um Museu Tate já é um rótulo de excelência. Depois de conhecermos duas de suas galerias, as outras entraram em nossos planos futuros, é impossível quem gosta de visitar museus não se apaixonar por uma das galerias Tate.

 

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