Cozumel numa parada do cruzeiro Disney Wonder

Chegamos em Cozumel, uma linda ilha no México distante pouco mais de 300km da famosa Cancun e quase vizinha, apenas 114km de Costa Maya numa das paradas do Cruzeiro Disney Wonder de 7 noites que fizemos em fevereiro durante o Carnaval com os nossos filhos.

Estávamos em terra pela terceira vez desde que tínhamos zarpado em Port Canaveral na Flórida e sempre aproveitamos essas paradas para conhecermos um pouco das ilhas e pisarmos em terra firme, apesar de não sentirmos nenhum enjoo enquanto estamos no mar, é sempre bom sentir o chão debaixo dos pés depois de uns dias no mar.

Já havíamos passado por Key West e Costa Maya e agora era a vez da charmosa e badalada Cozumel, conhecida pelos seus arrecifes que rendem mergulhos deslumbrantes.

Ainda antes de embarcarmos para os Estados Unidos decidimos alugar um carro em Cozumel para fazermos o tempo render. Escolhemos um jipe 4 x 4 e a ideia era darmos uma volta geral na ilha parando nas praias que mais nos agradassem e visitarmos as ruínas de São Gervasio.

Chegamos em Cozumel

Na noite anterior, Arthur nosso caçula de 14 anos, começou com sintomas de uma virose, corpo mole, febril e com a garganta começando a incomodar. Logo depois do jantar fomos pra cabine com ele, dormiu bem mas acordou ainda mole, melhor mas sem disposição.

Ao lado do Cafe Paradise Bob Marleys Place

Ficamos naquele impasse se desceríamos ou não em Cozumel. Conversa pra cá, conversa pra lá, José Ricardo, o irmão de 18 anos disse que ficaria com ele e que poderíamos sair do navio despreocupados.

Estávamos todos com celular, mostramos a eles onde ficava a enfermaria do navio caso precisassem e descemos. Eu estava um pouco apreensiva, mas como vi que Arthur estava melhor fui com a promessa de que me avisariam caso houvesse qualquer alteração.

Em terra firme

Refizemos nossa programação já que não conseguíamos relaxar totalmente, sabe aquele aperto no peito de estarmos passeando e o nosso pequeno doentinho no navio? E ao mesmo tempo o pensamento de estarmos na ilha e deixar de conhecer um pouco dela?

Chegamos ao porto, pegamos um táxi e fomos direto para a locadora pegarmos o carro que havíamos reservado com antecedência pela RentCars, nossa parceira aqui do blog.

A locadora fica no estacionamento do aeroporto, chegamos em 10 minutos. Havíamos escolhido um jipe por causa dos meninos que gostam do estilo do carro. Não o Jeep do passeio em Costa Maya!!! Aquele nunca mais.

Chegando na locadora e o carro de nossa reserva não estava disponível, ficamos com um Kia Soul. Fizemos a troca na reserva sem problema nenhum e pegamos o carro.

Programação

Queríamos muito visitar uma das ruínas de Cozumel, como teríamos poucas horas na ilha, optamos pela de São Gervasio que fica na ilha mesmo e assim daria tempo de visitarmos sem pressa. Depois pretendíamos dar uma volta ao redor da ilha. Como os meninos ficaram no navio, resolvemos fazer a visita à ruína e o passeio pelas praias seria apenas uma passagem, pois anteriormente queríamos dar um mergulho, talvez alugarmos snorkels pra eles, mas suspendemos esses planos e fomos aproveitar de outra maneira.

Compramos os ingressos para a ruína San Gervasio pelo site do Instituto Nacional de Antropologia e História, os 4 ingressos custaram 280 pesos mexicanos, o equivalente a R$ 48,00 (valores de janeiro de 2018).

Mais informações: sangervasio

De lá seguiríamos para algumas praias como Sunset Beach, Money Beach, Praia El Mirador, Punta Sur e Columbia. Em algumas desceríamos do carro e em outras apenas tiraríamos fotos e veríamos o visual. Com nossa realidade naquele dia, priorizamos a ruína e seguiríamos para as praias de acordo com as notícias que tivéssemos de Arthur.

Ruínas de San Gervásio em Cozumel

Colocamos o nome da ruína no App do celular e seguimos, foi super fácil chegar, não é longe do aeroporto. Na verdade a ilha não é grande e é bem fácil se locomover. Chegamos, estacionamos o carro e fomos abordados por um senhor uniformizado assim que descemos do carro.

Ele perguntou se tínhamos os tickets, mostrei o voucher impresso e ele disse que aquele era o ingresso da empresa privada responsável pelo lugar mas que faltava o valor do Governo. Não entendemos nada muito bem do que se tratava.

Ele nos levou a uma senhora, mostrou nossos vouchers e ela explicou que a ruína era administrada por uma empresa privada e pelo Governo em conjunto e que a parte dele tinha que ser paga em espécie na bilheteria. Pagamos U$ 5 por pessoa e entregamos o voucher.

Bilheteria onde pode-se comprar os tickets na hora e mais a frente tem uma máquina de auto atendimento para pagamento em cartão de crédito

No site dizia que não aceitavam cartão de crédito nem dólar na bilheteria, por isso compramos com antecedência para não termos que levar pesos mexicanos só para isso. Mas chegando lá soubemos que o sistema de vendas havia sido atualizado e que agora os ingressos podem ser comprados em guichês de auto atendimento e pagos em cartões de crédito e de débito. Bem melhor assim.

Bom, entramos e o senhor que nos abordou continuamos perto de nós e nos ofereceu os serviços de um guia. Seriam de 30 a 40 minutos nos mostrando e explicando tudo dobre a ruína de São Gervásio. Resolvemos aceitar a sugestão, por que não ouvirmos sobre a história daquele lugar?

Foi a melhor coisa que fizemos. Pagamos U$ 20 ao guia que falava espanhol bem devagar, com toda paciência, respondia às nossas perguntas e até se ofereceu para tirar fotos nossas.  E o melhor, quando estávamos começando a visita guiada, José Ricardo ligou e disse que Arthur estava bem melhor e que estavam indo para o deck 11 onde ficavam as mesas de totó e Ping Pong.

Aliviados fomos aproveitar o passeio.

O passeio pelas ruínas nos impressionou, o lugar não é grande mas tem muita história, em Cozumel era onde os Maias mantinham o templo da fecundação. Em San Gervásio recebiam todas as adolescentes que estavam perto do período fértil para casarem lá mesmo depois de passarem por um ritual.

Depois do ritual elas casavam e levavam como presente para seus futuros esposos que as esperavam no altar um pote de mel como sinal de pureza e os casamentos aconteciam sempre em noites de lua cheia, daí o termo lua de mel.

A noite de núpcias acontecia também naquelas ruínas e a expectativa era de que ficassem grávidas. Meses depois voltavam ao mesmo local para parirem seus filhos que assim que nasciam tinham seus futuros previstos por um mestre.

Lugar onde ficavam os ‘quartos’ para lua de mel

A história que conhecemos nas ruínas é bem interessante, saímos de lá muito curiosos sobre a civilização Maia, foi uma pena que os meninos não estavam presentes, mas repassamos pra eles muita coisa que ouvimos durante a visita guiada.

Achamos imprescindível a contratação do guia, sem ele muita coisa seria sem graça pra nós por não sabermos o porquê de estarem ali, o que representam no contexto da civilização Maia e daquelas ruínas.

Quando for à Cozumel, numa parada ou não de um cruzeiro, não deixe de ir lá conhecer as ruínas de San Gervásio, é um passeio com preço muito bom e não leva mais de uma hora.

Passeio pela ilha

Seguimos de carro para darmos uma volta pela ilha e fomos parando onde tínhamos vontade. De um lado é mar aberto com ondas altas e do outro parece uma piscina.

Começamos pelo lado de mar agitado a caminha de Punta Sur, passamos por Punta Morena e El Mirador. Pela estrada muitos mirantes para fotos e algumas (poucas) pessoas tomando sol na areia.

Entre San Martín e Tumba Caracol tem o Café Paradise Bob’s Marleys Place, um bar/restaurante cheio de charme e de gente. Tem redes para quem quiser descansar e aproveitar a brisa do mar, a decoração é bem legal, estava bem movimentado. Mas a estrutura é bem simples, o astral do lugar é que é gostoso.

Vista do Mirador de San Martín

Cafe Paradise Bob Marleys Place

Cafe Paradise Bob Marleys Place

Chegamos a uma área onde vimos muitos clubes, hotéis e mais movimento de carros, ônibus e vans de turismo. Continuamos pela estrada paramos no Albertos Beach Bar Cozumel, sentamos e resolvemos comer alguma coisa. O bar é à beira-mar e já na parte de mar calmo. Vimos Jet-ski e caiaques e algumas lanchas saindo para passeios.

Ficamos em torno de uma hora no Albertos, pedimos burritos com camarão e claro que a pasta de feijão preto típica do México. Eu bebi um Sex on the Beach e Ricardo refrigerante porque estava dirigindo.

A vista de nossa mesa era linda, o mar estava tranquilíssimo.

Continuamos nosso passeio de carro e passando pela estrada vimos o Carlos’n Charlie’s Beach Club, descemos do carro e entramos no restaurante, é bem grande e com uma estrutura muito boa, se soubéssemos teríamos parado para comer nele. Gostamos do Albertos mas esse tem uma estrutura muito melhor.

Não sentamos, apenas fomos até a frente para vermos como era a praia. O mar calmo e muita gente tomando banho. Lá pode-se contratar vários tipos de atividades e passeios.

Praia em frente ao Carlos’n Charlie’s Beach Club

De volta ao porto

Voltamos para a estrada e não paramos mais. Chegamos ao porto onde marcamos para devolvemos o carro. Ficamos esperando pelo rapaz da locadora, entregamos o carro e fomos dar uma volta rápida pelo shopping que fica em frente ao porto.

Chegamos ao navio e os meninos estavam assistindo filme no deck da piscina. Arthur estava recuperado, só um pouco indisposto ainda mas sem incômodo na garganta e sem febre.

Nossa programação em Cozumel teve que ser um pouco alterada, mas deu pra vermos que é uma ilha com muitas praias deliciosas para quem curte aproveitar o mar. Há vários clubes com verdadeiros parques aquáticos, mas sinceramente esse tipo de atração não nos chama atenção, preferimos mil vezes alugar um carro e sairmos em busca de praias para um bom banho e lindas paisagens.

Nossa rota foi essa do mapa

   

⇒ Leia também Fazer um cruzeiro e alugar um carro vale a pena?

Para quem vai com crianças pequenas os clubes aquáticos podem ser uma excelente opção mas para quem preferir curtir a praia pode escolher uma das que têm mar calmo, alugar um caiaque ou apenas curtir o visual e aproveitar o mar à vontade ou ainda fazer um maravilhoso mergulho pelos famosos corais.

Atividades aquáticas não faltam na ilha, os mergulhos são os mais disputados, há para todos os níveis, os corais são disputadíssimos por formarem a segunda maior barreira do mundo, ficando atrás apenas da Astrália. Infelizmente não mergulhamos mas gostamos do que vimos durante as horas que ficamos na ilha.

⇒ Para ver as opções e preços de várias atividades na ilha consulte o GetYourGuide.

Algumas praias voltadas para o continente, com mar calmo: Palancar, San Francisco e Corona.

Algumas praias de mar aberto: Punta Morena, Playa Bonita, San Martín e Chen Rio.

Outras formas de chegar em Cozumel

Para chegar a Cozumel além de estar numa parada de cruzeiro, os ferries são uma boa opção, eles partem de Playa del Carmen. Quem estiver em Cancún pode ir à Playa de carro e de pegar o ferry. Outra maneira é de avião, mas claro que é bem mais cara e depende muito da cidade de origem.