O quinto post da série Viagem em grupo é de Fernanda Scafi, ela é editora do blog Tá indo pra onde?   (twitter  e  Facebook ). Formada em Turismo e Administração, Fernanda viaja desde criança. Alguns membros do grupo não permitiram postar fotos, assim Fernanda enviou alguma fotos de pontos turísticos.  Vamos ver como ela resolve isso?

1)   Como surgiu a ideia de viajar em grupo?

Durante um Carnaval em família (2007), meus pais e tios tiveram a ideia de levar um tio deles para Buenos Aires. Esse tio é louco por tango mas nunca teve a oportunidade de viajar e daí resolveram dar a viagem como presente. Mas para o feriado da Páscoa já estava tudo lotado e muito caro e adiamos para Corpus Christi. Enquanto isso, o grupo ia aumentando.

2)  Como era formado seu grupo (número de pessoas, adultos, crianças)?

No final das contas viajamos em 18 pessoas – eu com 20 e poucos anos, meus pais, 5 tios, 2 primas adolescentes (11 e 13 anos), meu primo e sua mulher de 20 e poucos anos (recém-casados) e 6 idosos, entre eles um dos meus avôs e o tio que inspirou a viagem. Meu avô nunca tinha saído do país e esse tio também não e não teriam coragem de viajar para fora sozinhos, assim como os outros 4 idosos. A gente ia aproveitar do jeito que desse, mas o intuito era fazer a viagem para eles.

3)   Qual o destino? Era novidade pra todos ou algum viajante já conhecia?

Era novidade para a maioria. Eu, meus pais e 3 tios já conhecíamos a cidade, mas os outros 12 não. Já era a minha terceira vez em Buenos Aires.

4)    Definir o roteiro e as atrações a serem visitadas, shows, espetáculos, parques, foi uma ação em conjunto ou alguém ficou responsável por isso e repassando para os demais aprovarem? Marcavam reuniões periódicas pra discutirem o assunto, trocavam e-mails?

A gente não marcou reunião nenhuma e algumas poucas coisas foram resolvidas por e-mail ou durante a viagem mesmo. Para conseguir hotel e passagem não tão caras em um feriado, fechamos com uma agência e acabamos ocupando boa parte da viagem (de 4 dias) com os tours deles que estavam inclusos, um city tour e um tour de compras. Até tentamos alugar uma van ou microônibus para o tempo livre mas não deu certo e aí fora esses tours a gente tinha que se virar para cima e baixo em 5 táxis. Nem sempre era fácil conseguir 5 táxis ao mesmo tempo e com os 6 idosos beirando 80 anos, tinha que ser assim rs. Um dia para ir ao show de tango, eu e os outros menores de 30 fomos andando enquanto os outros pegaram táxis. Ficamos em um hotel no centro para ficar mais perto de tudo.

5)   Os interesses eram comuns a todos ou o grupo se dividiu em determinados momentos?

A gente se dividiu um pouco. No final da tarde, os 6 idosos queriam voltar para o hotel para descansar antes de sair para jantar ou assistir tango mas os mais novos saíam de novo para dar mais uma andada. Por exemplo, depois de visitar a Recoleta, alguns foram para o hotel, alguns foram numa casa de tango comprar ingressos para mais tarde e ficamos eu e mais 3 ou 5 pessoas para ver a feirinha de artesanato e o shopping que tem por ali.

6)  O perfil dos viajantes era parecido, todos gostavam de andar a pé, tirar fotos, conhecer coisas novas, tinham hábito de viajar, etc?

Na verdade era bem diferente, mas como o intuito era fazer a viagem para os 6 idosos aproveitarem, todo mundo fazia o que era melhor para eles. Normalmente eu nunca faria o tour de compras incluso, mas dessa vez topei. Eu até queria comprar algumas coisas (Buenos Aires estava baratésima nessa época) mas só consegui comprar um cachecol! O tempo todo estava sempre traduzindo alguma coisa para alguém. Dos 18 do grupo, acho que até aquela época só uns 6 viajavam muito a lazer ou a trabalho, mas todos se adaptaram bem. Foi uma confusão para conseguir colocar pelo menos 1 pessoa que se virasse em inglês perto dos idosos no avião, que era da Lufthansa (as aeromoças não falavam nem espanhol, nem português) – o grupo estava todo espalhado pelo avião. Na hora de pegar os táxis em Buenos Aires, a gente sempre fazia questão de colocar 1 pessoa que soubesse se virar na cidade e/ou no espanhol/portunhol em cada táxi, com medo de ser enganado pelos taxistas portenhos que já tinham uma péssima fama.

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7)   Se tiver ocorrido algum imprevisto, como foi resolvido (em comum acordo, alguém ficou de frente pra resolver)?

O único imprevisto foi que perdemos 2 pessoas do grupo durante o city tour rs, mas um tio ficou para trás para achar os 2, que eram a mulher e o pai dele.

8)  Houve alguma divergência de opinião sobre pra onde ir ou o que fazer em determinado ponto da viagem, se houve, como resolveram?

Não chegou a ser divergência, mas após o city tour, fomos conhecer o cemitério da Recoleta. Após a visita, alguns quiseram voltar para o hotel, alguns foram comprar ingressos de um show de tango que iríamos a noite e outros preferiram andar um pouco mais pela região. Quem queria voltar, voltou e quem queria ficar, pegou um táxi mais tarde.

9)   Houve alguma situação que gerou algum mal-estar entre o grupo? Se houve, o que foi e como resolveram?

Não aconteceu nada do tipo, ainda bem.

10)  Você viajaria novamente em grupo? Se não, por quê? Se sim, mudaria alguma atitude que tomou na primeira experiência?

Sim, mas depende da duração, do grupo, do destino e mais ainda do propósito da viagem. Se fosse a minha 1a vez na cidade, não toparia porque ia causar stress, já que eu sou a “freak” de querer conhecer todos os museus e atrações e sei que a maioria das pessoas não é assim. Acho que o segredo está na expectativa! Sempre tente manter a expectativa baixa, para evitar decepções!  Não mudaria nada nessa viagem porque foi impagável ver o tio dos meus pais chorando de felicidade nas apresentações de tango (e cantando junto!) e a gente chorando de emoção!

11)  Qual seu conselho pra quem planeja ou está planejando viajar em grupo?

Escolher muito bem a companhia, planejar com antecedência, ler sobre o lugar, manter sempre em mãos os contatos das outras pessoas e dos hotéis, saber qual é o roteiro do dia caso se percam. A maioria dos seguros inclusos nos pacotes por aí, NÃO cobrem maiores de 70 anos, se for o caso, contratar outro seguro/ pagar para trocarem por um mais abrangente. Mas principalmente, CUIDADO com a expectativa!

Nossa Fernanda, essa viagem deve ter sido muito especial, viajar com 6 idosos e ainda por cima pra alguns ser a primeira viagem do tipo com certeza foi uma experiência valiosa pra todos. Fiquei imaginando a cena de seu tio assistindo ao tango e a emoção de vocês. Parabéns à família pela disposição em se mobilizar pra tornar essa aventura possível.

Pra saber mais detalhes sobre a viagem, veja  aqui.

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