Viajar para Minas Gerais estava em nossos planos há anos, além de Ricardo e eu querermos muito conhecer o estado, principalmente as cidades históricas mineiras, pretendíamos levar os filhos para juntos vermos de perto uma parte da história do nosso Brasil e claro que Belo Horizonte estava em nosso roteiro.

Quando finalmente chegou a hora de riscarmos mais esse destino da nossa lista de lugares para conhecer, comecei a pesquisar para ver quantos dias seriam suficientes para conhecermos as cidades que pretendíamos visitar. Definida a quantidade de dias, 8 inteiros, chegou a hora de escolhermos o que fazer em cada cidade para dividirmos os dias conforme nossos objetivos.

E foi quando as ideias começaram a mudar…

Li vários posts em blogs, cascavilhei alguns perfis no Instagram, como também troquei ideias com os viajantes do meu grupo de viagens no WhatsApp, espaço com pessoas que já tinham feito uma viagem parecida com a que pretendíamos fazer, além de ter uma mineira como membro.

Foi então que quando tínhamos que bater o martelo na divisão dos dias, coloquei um roteiro prévio no grupo. Inicialmente tínhamos colocado 2 dias inteiros em Belo Horizonte, o que seriam na verdade 3 noites já que nosso voo chegaria no finalzinho da tarde. E a mineira foi muito sincera e me orientou a tirar 1 dia da capital e seguirmos para Inhotim, segundo ela, seria muito mais proveitoso do que ficarmos em BH. Dito isso, quem era eu para discutir com uma filha da terra, certo?

Assim sendo, chegamos em Belo Horizonte no final da tarde de uma quinta-feira e seguimos para Inhotim na manhã do sábado, ou seja, 2 noites e 1 dia inteiro na cidade. E sinceramente? Pra mim tá riscada da lista e não tenho intenção nenhuma de volta.

Por que digo isso?

Inicialmente adianto que aqui relato minhas experiências de viagens com meu marido e em família e que TUDO que escrevo aqui é o que eu realmente acho dos lugares onde vamos.

Todos os textos que li falavam maravilhas da cidade. A Praça da Liberdade com o maior centro cultural do país com 15 espaços em funcionamento, o Complexo da Pampulha com os projetos de Oscar Niemeyer, mirantes para vermos a cidade do alto com seu projeto de urbanização que tem as quadras do mesmo tamanho partindo sempre de uma praça…e por aí vai.

Isso é mentira? Não é e antes que você que chegou até essa parte do texto pense que não gostei da cidade, digo que gostei sim, mas não amei e não acho que precise voltar para ver o que não deu tempo entende? Vou deixar meu relato aqui sobre o que vimos e o que achamos.

O que vimos em 1 dia em Belo Horizonte

Segindo a ordem dos acontecimentos.

Jantar no Restaurante Ninita

Uma coisa que ninguém pode fazer é falar mal da gastronomia mineira, fato comprovado! Diante disso, estando na ‘casa’ de Léo Paixão, não iríamos perder a oportunidade de conhecermos um dos seus restaurantes. Fizemos uma reserva no Ninita para a noite de nossa chegada.

Jantar no Restaurante Ninita

Devido ao trânsito caótico do aeroporto até nosso hotel (ôpa, a coisa não começou muito boa e foi constante nos outros trajetos que fizemos de carro), chegamos atrasados e esperamos 40 minutos por uma mesa, coisa que já sabíamos que poderia acontecer porque na reserva eles avisam que há uma tolerância. Ok, estávamos com todo pique para nossa primeira noite em Belo Horizonte.

⇒ Quando for, considere que o aeroporto é muuuito longe da cidade, levamos 1:30h para chegarmos ao hotel que ficava no Savassi.

O jantar foi ótimo, o restaurante entrega o que vende e surpreende. Dicas para quando for: miolo de fraldinha acebolada com linguini, foi o pedido dos 3 homens na mesa, eu fui no Stinco de cordeiro com nhoque de mandioca e fondue de queijo.

Na sexta-feira, nosso dia inteiro na cidade

Complexo da Pampulha

Seguimos direto do hotel, fomos de Uber. Fomos direto para a igreja de São Francisco, um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte. Tipo o Cristo Redentor do Rio de Janeiro concorda?

Igreja da Pampulha

Bom, tinha acabado de abrir, tinha pouca gente. Entramos e é linda. O painel de Cândido Portinari foi uma distração por pelo menos meia hora, uma maravilha de ver.

Interior e exterior da igreja devidamente registrados, seguimos para o outro lado da lagoa para a casa de Kubistchek que virou um museu. A caminhada levou uns 20 minutos, paramos antes num píer que lembra a proa de um navio. Rende uma bela vista da Lagoa da Pampulha.  E eis que o museu estava fechado para uma rápida reforma e ‘já que’ estávamos por lá, continuamos caminhando pelo calçadão que margeia a lagoa.

Complexo da Pampulha BH

E por falar nela… tem cheiro ruim e é muito suja. Pronto, falei :(.

O visual em torno dos 18km de sua extensão é lindo, mas sem chances de tentar fazer qualquer tipo de passeio no estilo pedalinho. Na verdade nem sei se tem tá? É só um comentário, vai que tem e alguém se anima a fazer….enfim, eu não iria jamais.

Como o museu estava fechado, consultamos nosso amigo Google sobre a visita ao Cassino e vimos que estava fechado temporariamente, ou seja, não tínhamos mais o que fazer por lá. Já havíamos caminhado um bocado olhando as construções e curtido o visual.

Praça da Liberdade

Praça da Liberdade

Chegando à Praça da Liberdade, mais uma vez num Uber, o motorista nos avisou pra termos cuidado com os celulares e bolsas! Pois sim, foi assim.

Demos uma olhada geral ao redor da praça famosa por seu projeto inspirado na arquitetura francesa, com suas palmeiras imperiais e os prédios históricos ao redor onde funcionam alguns museus, daí ser o maior centro cultural do país. Não nos animamos para entrar em nenhum, preferimos passear pela praça onde estava havendo uma exposição sobre o AMOR no corredor central.

Praça da Liberdade em Belo Horizonte

Fotos aqui e ali, as fontes d’água estavam ligadas, visual bonito e ainda refrescava o ar que estava bem quente. Muitos pedintes pelos bancos, no coreto da praça, o ambiente não era nada animador. Seguimos para o Mercadão.

Mercadão Central de Belo Horizonte

Animadíssimos para conhecermos o Mercado Municipal onde sempre ouvimos falar sobre os botecos, doces, cafés e artesanato. Ufa, gostamos hein! Na verdade, sem tirar o mérito do mercadão, amamos um mercado. É parada obrigatória nas cidades onde vamos, se tem um mercado, lá estamos nós.

Passeamos pelo labirinto formado pelos corredores, sério, os corredores são exatamente iguais, parece que tem parede de espelhos, os stands são muito parecidos.

Mercadão de BH

Comprinhas devidamente feitas (doces de leite, compota de jabuticaba e não poderia deixar de comprar panelas de pedra-sabão). Encontramos um stand que mandava pelo Mercado Livre, assim aproveitei e fiz a feira, comprei panelas dos tamanhos que queria, grelhas para pizza e churrasco e sem nenhum questionamento sobre peso. Recebemos 2 semanas depois de voltamos pra casa.

Claro que almoçamos lá mesmo. Paramos no Bar Mercado Central, sinceramente nos decepcionamos um pouco com o cardápio, típico mesmo pedimos o bolinho de malte que foi premiado no Festival Comida de Boteco. Tomamos um café numa pequena caferteria perto do bar e saímos.

Tinha anotado para irmos ao Mercado Novo, mas demos com a cara na porta. O Uber nos deixou do lado contrário à entrada, demos a volta, mas quando chegamos vimos que havíamos chegado tarde demais para o almoço e cedo demais para a noite. Não pretendíamos almoçar lá, mas queríamos conhecer e como já eram quase 4 horas da tarde, nos disseram que muitos bares estavam fechados e só abririam às 6 horas.

Outros posts sobre mercados que temos aqui no blog

O mercado de São Telmo em Buenos Aires
Borough Market: o mercado milenar de Londres
Mercadão de São Paulo: vale mesmo uma visita?
Conhecendo o Mercado do Rastro em Madrid
O Mercado de Triana em Sevilha
Victoria: Mercado em Córdoba cheio de sabor
Mercados em Paris que merecem uma visita
Mercado gastronômico em Miami: Lincoln Eatery
Mercado de San Miguel em Madrid: um tour pela culinária espanhola
Covent Garden Londres: gastronomia, arte e compras

Sorveteria São Domingos

Vimos que essa sorveteria era a mais antiga da cidade e que oferecia sabores inusitados de sorvetes. Fica no Savassi, mesmo bairro do nosso hotel. Como pretendíamos sair pra jantar, seguimos para sorveteria para depois irmos para hotel para um breve descanso. Fizemos esse último trajeto andando.

Gostamos muito do lugar, é pequena, não tem mesas, mas os sorvetes são deliciosos, vale e pena conhecer. Os de jabuticaba e de manjericão são divinos.

Valle Gastronômico

Pedimos para os meninos escolherem onde iríamos jantar, fomos para o Valle Gastronômico, um espaço com vários ambientes, muita gente, música, excelente cardápio, telões passando jogos e ainda é uma cervejaria e destilaria de whisky.

Valle Gastronômico

Foi uma noite muito agradável, comemos muito bem e antes de sairmos fomos conhecer os outros ambientes. O lugar é muito bom pra quem gosta de curtir a noite.

E foi isso. Pelo que havia pesquisado, Belo Horizonte tem parques públicos e museus interessantes, mas não estávamos nessa vibe sabe? No outro dia seguimos pela manhã pra Inhotim e foi maravilhoso e o restante da nossa viagem…ah, aí sim vimos as Minas Gerais que esperávamos e que nos encantou.

Como disse, relatei aqui nossa experiência real, sem firulas e enfeites para convencer alguém a ir. Quem ainda não foi e tem vontade, espero não ter frustrado suas expectativas, mas tive dificuldades em definir quantos dias ficar na cidade justamente porque o que lia sobre ela não me encantava.

Contudo, sendo a porta de entrada para quem viaja do Nordeste de avião, Belo Horizonte tinha que estar no nosso roteiro. Não me arrependo de jeito nenhum, foi um dia bem longo, mas ficou aquém do que esperávamos.

Todavia não posso deixar de dizer que o interior do estado é maravilhoso, é um deleite para quem é bom de garfo (como eu), as cidades histórias são lindas, o povo acolhedor, tudo de bom.

Você conhece Belo Horizonte? Me diz o que achou da cidade, quero saber as opiniões de vocês que me acompanham aqui.

Ah! Não poderia deixar de dizer aos mineiros que por ventura passem por aqui, nada contra a capital do estado de vocês, mas assim como tudo nessa vida, cada um tem uma opinião e como diz o ditado “nem Jesus Cristo agradou a todos”.

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