O que fazer em St Augustine – bate e volta de Orlando

St Augustine é uma daquelas cidades que ficam a poucos quilômetros de outra que detem toda a atenção dos turistas e por isso acaba passando despercebida. Mas ainda bem que a encontramos e entrou no roteiro de nossa viagem de 11 dias para Orlando em família.

Como fica a pouco mais de 2 horas de viagem de Orlando, fizemos um bate e volta e vamos mostrar aqui o que fazer em St Augustine em 1 dia. Nosso roteiro foi bem calmo, sem pressa e conseguimos ver tudo o que pretendíamos.

Viagem de carro de Orlando para St Augustine

Antes de tudo, pegar estrada nos Estados Unidos não é nenhum problema, são muito bem sinalizadas, com excelente manutenção e na grande maioria por onde já passamos até hoje, há postos de gasolina e lugares para um lanche.

Nosso hotel era em Kissimmee, seguimos pela FL429 e de lá fomos seguindo as orientações do GPS. Pouco mais de 2 horas estávamos entrando na em St Augustine.

Sobre St Augustine

A cidade é conhecida como a mais antiga dos Estados Unidos. Foi fundada em meados do séc. XVI pelos espanhóis durante o governo do primeiro governador da Flórida – Pedro Menendéz de Aviles e foi a capital da Flórida espanhola 200 anos.

Ficou sob o domínio britânico por alguns anos e no final do séc. XVIII foi devolvida para a Espanha que no começo dos anos 1800 cedeu a Flórida para os Estados Unidos.

Hoje é uma cidade histórica do condado de St. Johns County.

O que fazer na cidade mais antiga (e charmosa) dos Estados Unidos

As cidades históricas sempre fazem parte de nossos roteiros, adoramos conhecê-las pelos países onde estamos.

Passeando pelas ruas vemos e aprendemos coisas inesperadas sobre o lugar. Há detalhes que só estando in loco para termos acesso e como resultado no final desses passeios a sensação é de que sempre vale a pena conhecer mais sobre as civilizações e histórias das cidades.

Em St Augustine não foi diferente. Era começo do mês de agosto, um calor daqueles na Flórida mesmo pra nós que somos nordestinos e estamos acostumados com altas temperaturas.

Fazia um sol forte e falta total de vento naquela manhã, ainda assim saímos do carro dispostos a desvendar o que aquela charmosa cidade tinha para nos apresentar.

A primeira coisa que fizemos foi seguirmos direto para o Visitor Center. Nele pegamos o mapa da cidade e vimos uma pequena exposição sobre a história da cidade – onde tiramos as informações históricas passadas anteriormente.

Aquela porta central é a saída do estacionamento coberto

Entrada do Visitor Center

Outra informação, o estacionamento que serve ao Visitor Center custa U$ 15 pelo dia inteiro, fica num ponto estratégico que dá pra deixar o carro, bater perna e só voltar na hora de seguir viagem de volta. Um detalhe importante para quem for no verão: é coberto!

Ficamos uns 30 minutos no Visitor Center, aproveitamos o banheiro, vimos a exposição e, com mapa em mãos que José Ricardo adora e eu com o celular conectado ao Google Maps com o chip da EasySim4U – parceiro onde temos um cupom que dá frete grátis na compra de um chip, seguimos adiante.

Para você ter uma melhor visão do percurso e distâncias, segue o mapa do nosso passeio.

1 – The Oldest Drug Store

Você deve estar se perguntando onde é se não está aparecendo no mapa. Fica no mesmo prédio do Potter’s Wax Museum, não sabemos porque não aparece no mapa do Google.

Essa é a farmácia mais antiga dos Estados Unidos. Fica num pequeno prédio de 2 andares numa esquina. A minúscula farmácia funciona na entrada e na parte de traz do prédio o museu.

Não entramos nele, o ingresso custa U$ 12, achamos caro pelo que oferece, é um pequeno museu de cera. Muito pequenininho e o que nos interessava na verdade era vermos a farmácia.

Falando nela…A Authentic Old Drug Store existe há mais de 300 anos. Inicialmente foi aberta como um lugar para ‘entretenimento’ pois vendia tabaco, licor e depois remédios.

O mobiliário e a decoração são um charme e nos levam lá para o séc. XVII sem dúvida nenhuma.

Em 1880 foi vendida e ainda hoje pertence ao mesmo grupo que a comprou.

O prédio é todo em madeira, passou por algumas reformas ao longo dos anos e mesmo assim ainda mantém as características de quando foi construído.

A farmácia ainda vende produtos como suplementos, chás, ervas, óleos cosméticos e sabonetes.

2 –  Oldest Wooden Schoolhouse

A primeira construção data de 1740, mas em 1780 foi vendida à família Genopoly. A família de carpinteiros construiu a casa que vimos hoje entre 1800 e 1810 e a transformou numa escola quando o domínio espanhol ainda estava por St Augustine.

O bairro era conhecido por Minorquino. A casa foi ampliada, a sala de estar transformou-se numa sala de aula e a família se organizava pelos outros cômodos.

No quintal a família cultivava legumes, frutas e ervas e hoje transformou-se num jardim com visitação.

Na escola aprendia-se a ler, escrever e aritmética. O valor cobrado era de U$ 0,125 para crianças e U$ 0,25 para adultos por uma semana de aula.

O número de estudantes surpreendeu, chegando a épocas de terem que sentar no chão por não ter mais cadeiras e bancos disponíveis para sentar.

Em 1869 foi dada a última aula. Chegando em 1931, 9 ex-alunos reuniram-se e arrumaram a Casa da Escola mais Antiga como tinham em suas memórias de infância e a partir daí passou a ser um museu.

Infelizmente só há um horário de tour guiado por dia à Oldest Wooden Schoolhouse, não prestamos atenção a isso quando passamos. Seguimos direto e nos programamos para entrar na volta. Passamos por lá já depois do almoço e foi quando vimos que o tour já havia acabado.

Foi uma pena, só vimos a casa/ escola por fora.

3 – Passear pela George Street

Essa é a rua principal do Centro Histórico de St Augustine, a Oldest Wooden Schoolhouse fica nela, além de dezenas de bares, restaurantes, lojas de tudo que você possa imaginar.

Os prédios são lindinhos, é nítida a passagem dos espanhóis por lá. A história está muito presente e viva em St Augustine, é uma delícia caminhar pela rua sem pressa observando os detalhes dos pequenos prédios.

Entramos em várias lojas, não parecia que estávamos nos Estados Unidos, era uma atmosfera e visuais totalmente diferentes de tudo que já tínhamos visto no país.

4 – Almoço no St Augustine Seafood Company e depois  um sorvete nota 10

Escolher onde comer é tarefa difícil, muitos bistrôs charmosos com decorações e pequenos detalhes extremamente convidativos. Depois de irmos até quase à praça que fica num extremo da George Street, resolvemos voltar e entrar no Seafood Company que eu tinha visto uma indicação no blog Viagens que Sonhamos.

Gostamos do ambiente, olhamos o cardápio e fizemos nossos pedidos. Comida gostosa, rápida e por um preço bom.

Os pratos são servidos em o que aqui chamamos de assadeiras kkk. Vêm literalmente montados numa assadeira e alumínio forradas com papel e a salada vem numa embalagem que já vimos com cachorro-quente em outros lugares.

Os meninos pediram um basket (como é chamada a ‘assadeira’ no cardápio) de camarão (Shrimp U$ 14) e outro de peixe grelhado (Fresh Catch U$ 16), ambos acompanhados por batatas e molho e Vanessa e eu escolhemos salada com camarão (Florida Citrus Salad U$ 10 + U$ 6 do camarão). Comemos muito bem.

Endereço: 29, George Street

Site: saseafoodco.com

José Ricardo e Arthur arregalaram os olhos quando viram as fotos de uns sorvetes numa sorveteria em frente, não resistiram às fotos e como o calor estava de cozinhar os miolos, foi a sobremesa daquele dia. Anote aí, The Sweet Spot é o nome.

Você escolhe os sabores e os complementos, há várias opções que diferem na quantidade deles e é isso que altera o preço

Endereço: 32, George Street

sweetspot.staug

5 – City Gate

Seguimos para o City Gate. Achamos rapidinho e aproveitamos para passarmos por umas ruazinhas estreitas mas também lindinhas paralelas à George Street.

É um portão feito em pedra que foi construído pelos moradores de St Augustine em 1808 em formato e cubos. Está até hoje como exatamente como foi construído.

Vista entrando na rua

Saindo da rua

6 – Castillo de San Marco

Construído em 1672 pelos britânicos, o forte é o mais antigo da América do Norte. Sua área total passa dos 8 hectares e já foi base do exército americano depois que a Espanha cedeu a Flórida para o país.

Fica a beira-mar em frente ao City Gate. A visita é paga, o ingresso para maiores de 15 anos custa U$ 15 e vale por 7 dias consecutivos.

Não entramos, passeamos pela parte externa e depois seguimos pela Matanzas Bay até nosso próximo destino.

7 – Matanzas Bay

Como o nome já sugere, é a beira-mar de St Augustine. Há um calçadão que liga o Castillo de San Marco à Plaza de la Constitución de um lado e do outro à Bridge of Lions.

A vista é bem bonita, tem bancos e pista de cooper ao longo do percurso. Não atravessamos a ponte, preferimos nos concentrar no Centro Histórico.

8 – Plaza de la Constitución

Nela fica o que restou do mercado público e como na maioria das praças de cidades antigas, há um coreto e a catedral.

9 – Catedral Basílica de Santo Agostinho

É uma catedral católica que tem em suas paredes murais retratando a história da igreja católica e vitrais ilustrando a vida de Santo Agostinho de Hipona.

Há missas e celebrações como casamentos para os católicos da cidade.

Sua arquitetura retrata nitidamente o período do domínio espanhol na Flórida.

10 – Flagler College

Essa universidade funciona num prédio onde já foi um famoso e luxuoso hotel em St Augustine. Em 1968 o prédio passou a sediar a Flagler College que oferece 33 cursos de artes liberais e 1 curso de mestrado.

O prédio é muito bonito, não entramos porque no dia que fomos não estava aberta à visitação. Fica na Plaza de La Constitución.

11 – Oldest House

A Casa de González-Alvarez, também conhecida com a Casa mais Antiga dos Estados Unidos apesar de disputar esse título com outras de outros estados, fica um pouco mais afastada da região do Centro Histórico. Como estava um dia muito quente, resolvemos voltar para o Visitor Center para pegarmos o carro.

Seguimos a pé da Flagler College, entramos na George Street e chegamos ao estacionamento. Colocamos a Oldest House no GPS, pegamos a Matanzas Bay e chegamos nela.

É uma casa que abriga um pequeno museu com vestígios do passado dos espanhóis, ingleses e americanos que fizeram parte da história de St Augustine.

Quando chegamos passava das 17h, o museu já estava fechado.

⇒ Passeio de trolley

Vimos que há tours de trolley, os tickets são vendidos em vários lugares (Visitor Center, Oldest Drog Store) e também no Get Your Guide.

Há paradas em várias partes do Centro Histórico inclusive uma ainda na área do Visitor Center. É uma opção para quem não tem o hábito de caminhar muito como também para quem prefere ter uma geral do lugar e depois bater perna por onde mais gostou.

Vale a pena fazer o bate e volta de Orlando para St Augustine?

Sem dúvida nenhuma vale a pena pegar o carro e seguir para St Augustine. Apesar de termos ido no auge do  verão, com um calor daqueles foi um dia muito proveitoso. Arthur e José Ricardo gostaram muito da cidade, identificaram elementos históricos pelo caminho e claro que adoraram o sorvete que tomaram.

Uma coisa que nos chamou atenção foi que encontramos alguns banheiros públicos pelas ruas do Centro Histórico. Resolvemos entrar em um deles e surpreendentemente vimos que nem todo banheiro de bar/ restaurante era limpo como aquele.

Esse não é o que entramos, fomos em outro depois de passarmos por esse da foto. O que fomos não fica na George Street exatamente, a entrada é por ela mas fica por trás

Cabines individuais bem limpas, um balcão grande com papel toalha, espelhos e um trocador para bebês. Esse era o feminino mas os meninos disseram que o masculino também estava muito limpo. Portanto, se estiver apertado pode entrar em um deles sem problemas, e olha que eu sou bem chata para usar banheiro :).

Reserve 1 dia inteiro, saia cedo do hotel que dá para conhecer tranquilamente os principais pontos turísticos. Almoçamos com calma, andamos sem pressa pelas ruas e tiramos muitas fotos :).

Como resultado de um dia cheio de passeios, ainda nos demos o direito de na saída pararmos num complexo de lojas, entramos na Ross e Marshalls e conseguimos alguns ‘achados’.

Pegamos a estrada de volta para Orlando, foi uma viagem muito tranquila.

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