A surpreendente experiência num clube de tiros em Las Vegas

Las Vegas é uma cidade que tem todo tipo de entretenimento e praticar tiro ao alvo é uma delas. Para quem não sabe, esse é um tipo de esporte e pode ser praticado por pessoas de todas as idades, inclusive crianças, sob supervisão é claro. O lugar para isso é um clube de tiros, são vários e com diferentes tipos de atividades.

Sendo muito franca, nós (Ricardo e eu), nunca pensamos muito em ir a um clube de tiros. Sabemos que em Las Vegas há vários deles e em uma viagem em família que fizemos chegamos bem perto de ir, mas como nem todos do grupo se interessaram optamos por deixar para uma próxima vez.

E quando voltamos à cidade depois daquela viagem, fomos conhecer o MGV – Machines Guns Vegas, um clube de tiros e a experiência nos surpreendeu e muito como acontece com muita gente pelo que lemos em relatos antes de viajarmos.

Estávamos com um casal de amigos, Alexandre já havia ido a um clube de tiros na Carolina do Norte, mas comentou que o de lá era bem diferente, ele elogiou e muito a estrutura, comprometimento e acompanhamento da equipe da MGV – Machine Guns Vegas.

Estrutura do clube de tiros MGV em Las Vegas

Olhando por fora o prédio parece uma grande caixa preta. É bem fechado, não dá para termos ideia do que iríamos encontrar lá dentro. Tem estacionamento próprio e fica numa região perto da Strip, saímos do nosso hotel  levamos uns 15 minutos para chegar.

Endereço: 3501 Aldebaran Avenue

Entramos num amplo salão com vários ambientes dividindo o mesmo espaço. O balcão da recepção, mesas espalhadas para espera, bancadas e pequenas estantes com produtos da lojinha e freezer com água e um display com salgados. (A água é gratuita e livre).

Na entrada para a sala de tiros há uma outra recepção onde deixamos mochilas e bolsas num armário e recebemos os óculos e protetores auriculares.

Lá dentro a sala não é muito grande, é dividida em nichos individuais que ficam lado a lado separados por divisórias. Atrás desses nichos ficam os armários com as armas. São mantidos fechados com cadeados.

Nossa experiência

Chegamos e nos dirigimos ao balcão da recepção, nosso pacote foi o Glock and P5, que são 10 tiros com uma pistola de 9mm e 20 com uma metralhadora. Com certeza quem entende de armas já deve ter decifrado isso com o nome do pacote :).

Demos nossos nomes e ficamos aguardando conforme nos orientou a recepcionista. Aproveitamos para ver o espaço todo, há souvenirs bem legais à venda na lojinha e exposição de algumas armas.

Nos sentamos numa das mesas e logo a recepcionista entregou um tablet para preenchermos umas perguntas. Entre as perguntas havia se havíamos ingerido bebida alcoólica antes de irmos, no caso das mulheres se estavam grávidas entre outras.

Cada um respondeu o seu e chegou Ed, um senhor que seria nosso instrutor. Nos perguntou se alguém já tinha tido algum contato com armas e nos levou até a outra recepção. Esse tempo de espera durou uns 40 minutos.

Deixei minha mochila no armário, recebemos os óculos e protetores auriculares e entramos. Quem usa óculos recebe um outro modelo mais adequado para que não seja necessário tirá-los.

Entramos e havia outros outras pessoas lá dentro, cada nicho. Cada grupo fica com um instrutor. Ed perguntou quem começaria, como Alexandre já tinha experiência em clube de tiros e tinha servido ao exército na juventude foi ‘escolhido’ por todos para começar.

Ed pegou a pistola no armário e a levou para o nicho onde estávamos. Tem uma divisória entre essa área e a outra bem maior onde ficam os alvos.

Antes de carregar a pistola ele mostra 2 opções de alvos para escolhermos um, coloca no suporte e é levado para o lugar onde vai ficar à espera de nossos tiros.

Armário com as armas e os cartazes que servem de alvo

Ed colocando o alvo de Ricardo no suporte

Recebemos as orientações sobre como atirarmos e cada tiro no alvo é comemorado. Depois da pistola é a vez da metralhadora.

O procedimento foi o mesmo para todos nós. Martha, minha amiga, entrou para ver como era mas ela temiam sensibilidade muito grande a barulho e não se sente confortável com os tiros, acabou sem praticar. Ficou nos esperando no salão.

Ed orientando Ricardo e Alexandre antes de usar as armas

Eu fui a segunda e por fim Ricardo. Quando cheguei e vi o tamanho da metralhadora disse logo eu só iria atirar com a pistola. Depois que Alexandre atirou e me disse que era muito tranquilo e que não sentiria nenhum impacto no ombro resolvi arriscar e adorei!!! Achei muito interessante a sensação daquela rajadas de tiros e olha que tenho até uma mira bem razoável para quem nunca tinha pego numa arma de fogo.

Quando acaba o treino de cada um, Ed pega o cartaz/ alvo, escreve os nomes das armas e nos pede para assinar, os alvos tornam-se souvenirs. Trouxemos na mala despachada, isso é bem importante!

Nossos alvos com as marcas dos tiros que demos

Segurança

Nos sentimos muitos seguros durante toda a experiência.

• Em nenhum momento a arma foi deixada em cima da bancada;
• O instrutor só nos entregava as armas com os cabos virados para nós e para baixo;
• Todas as vezes que os pentes foram recarregados ele fazia questão de nos mostrar quando travava;
• Em um momento um outro instrutor chamou Ed no nicho ao lado, ele estava armando uma pistola, a levou, trancou no armário e depois foi falar com o rapaz. Quando voltou destrancou o armário para pegar a pistola e dar continuidade ao atendimento com a gente.

⇒ Uma dica, não marque sua visita ao clube de tiros com menos de 3 dias antes de seu embarque, quando passar pelo raio-x pode aparecer vestígios de pólvora.

Pacotes

Entrando no site da MGV encontramos muitas opções, tem para vários níveis e até um que é outside, ou seja, ao ar livre. Quando estávamos esperando vimos um grupo saindo para um desses. Os fatores que variam são a quantidade de tiros e tipos e quantidade de armas.

Nós fomos convidados pela Unique Travel Collection que representa a MGV aqui no Brasil, nosso pacote foi o indoor Glock and P5 mas para ver as opções e preços clica no site deles aqui.

O que achamos de um clube de tiros

Para nós foi uma surpresa, como Alexandre já conhecia não foi tudo novo, mas ele gostou muito mais do que o outro que foi anteriormente, comentou que a preocupação com o manuseio das armas foi um diferencial. Já para nós que estávamos pela primeira num clube de tiros foi bem excitante, eu pensava que não seria assim uma coisa que eu teria o que comentar, topei na verdade para contar para meus filhos e voltei com uma histórias recheada de adrenalina para contar pra eles.

Independente de ser a favor ou não do desarmamento/ porte de armas, ir a um clube de tiros é uma experiência singular, é um lugar especializado para treino, regulamentado e as pessoas que trabalham lá são treinadas e muito experientes. Com dissemos anteriormente, é um esporte.

Antes de criar uma barreira a respeito leia relatos de quem já foi, nós fizemos isso. Quando postamos algumas fotos no grupo da família, os que não toparam ir na viagem anterior ficaram com vontade de conhecer da próxima vez.

Quem ja foi a um clube desses, fala a respeito nos comentários. Iríamos adorar conhecer outras experiências.

〉Mantendo a transparência de nossas dicas, esse post retrata nossa sincera opinião. Quando aceitamos uma parceria, deixamos claro que no post constarão impressões sinceras do que experimentamos.