Estação Oculus em New York, a mais cara do mundo

Depois de duas viagens à New York após a inauguração da estação Oculus estamos escrevendo sobre ela, como na primeira fazia bem pouco tempo que havia sido aberta, muita coisa ainda estava sendo finalizada, o Westfield Mall era uma delas.

Quando voltamos 2 anos depois aí sim, tudo pronto e pudemos ter uma visão real e geral da magnitude da obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava.

Os números da estação Oculus impressionam, há quem diga que foram gastos 4 milhões de dólares em sua construção, outros falam que foram 6; foi inaugurada com um atraso de 7 anos para umas fontes e para outras com 10; tem um shopping com 34.000 m² de área com mais de 100 lojas incluindo grandes marcas. Como dá pra perceber, há divergências quanto às informações mas o que não se pode negar é que em qualquer das opções os dados impressionam.

O que representa o projeto da estação Oculus?

Aí vem mais informações que não batem, mas todos são unânimes ao mencionarem que Calatrava se inspirou numa ave, seja um pássaro partindo para um voo como uns afirmam, seja uma pomba como dizem outros ou o dinossauro que também entrou na lista de possível inspirador para o projeto.

A parte externa da Oculus lembra sim um esqueleto de uma ave e dizem que foi essa a real inspiração do arquiteto que também projetou o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro.

Como é a estação Oculus

Olhando por fora não dá para termos nem de longe uma ideia do que é a World Trade Center Transportation Hub – nome oficial da estação porque a estação na verdade fica toda abaixo do nível da rua. Foi construída principalmente para que os moradores de New Jersey tivessem acesso mais rápido e fácil à Manhattan já que o PATH, o sistema de transporte de trem que liga a ilha ao outro lado passou a ser conectado à Oculus.

Nas entradas das duas extremidades tem uma marquise que serve como um ‘mirante’, é muito comum ter gente parada olhando pra baixo e claro que fazendo selfies com o enorme salão branco embaixo.

⇒ Leia como foi nossa visita à Carlo’s Bakery em New Jersey

A estação está bem próxima ao Memorial 11 de setembro (ainda não tive vontade alguma de visitar o museu) e ao One World Trade Center onde fica o One World Observatory, que assim como a Oculus, tornou-se atração turística das mais procuradas por quem visita à Big Apple.

O que vemos quando estamos passando pelo Financial District é um prédio branco que parece o esqueleto de um grande pássaro, quando entramos nos deparamos com uma imensidão também branca iluminada pela luz natural durante o dia e à noite dá vez à luz artificial.

Luz natural durante o dia

Luzes acesas no final da tarde

A Oculus tem o formato oval e o piso do salão principal é todo em mármore branco. Quando passamos por lá a primeira vez estávamos prestes a começarmos uma obra de reforma num apartamento que estávamos para receber e o piso do banheiro de nossa suíte é igual ao da estação gente!!!! Além do material o formato é o mesmo, quando vimos não acreditamos, nosso banheiro tem o mesmo piso da mais nova estação de New York kkkk.

Muitas pessoas passam diariamente pela Oculus, é um via e vem intenso de gente que têm destinos dos mais variados. Uns vão pegar um metrô um PATH, estão apenas visitando e outros usam como passagem para encurtar caminho entre as ruas da região.

Nossa dica para quem via pela primeira vez seja para conhecer ou para usar o metrô é prestar atenção à sinalização porque é bem fácil se perder, tudo é branco, tudo é igual e como é tudo muito grande, achamos que estamos no mesmo lugar.

Veja os detalhes da estrutura do teto

Ficando atento às placas não tem como entrar ou sair pela porta errada (são muitas) porque a sinalização é bem presente e eficaz, o que acontece é que prestamos atenção ao nosso redor e podemos esquecer delas :).

11 linhas passam por ali além dos trens do sistema PATH que levam os passageiros à vizinha New Jersey. A expectativa é de que a estação Oculus passe a ocupar o 3º lugar entre as mais utilizadas pelos novaiorquinos.

⇒ Leia também Metrô de New York: guia explicativo para não errar

O acesso às linhas e à outras estações que são interligadas à Oculus é feito também por corredores enormes mas todos são sinalizados. Usamos alguns metrôs partindo ou chegando nela e não tivemos problemas em nos localizar, ficamos atentos às placas e deu tudo certo.

O Westfield Mall

O maior  shopping center de Manhattan também fica na estação Oculus, é isso mesmo, o Westfield abriga cerca de 100 lojas entre grandes marcas e outras mais populares, tornando-se o maior da ilha atualmente.

As lojas ocupam as laterais do prédio que formam grandes corredores com uma vista do pavimento inferior que também chama a atenção.

Alimentação

Há muitas opções para refeição na estação, Starbucks e Shake Shack estão presentes e ainda nada mais nada menos do que um Eataly! Amamos o mercado e nosso café-da-manhã em um dos dias da viagem foi lá.

⇒ Leia mais sobre o Eataly em New York.

Pedimos sanduíches frios na Salumi e Fomrmgio e nos sentamos nas mesas em frente à Lavvaaza para tomarmos nosso café

O Eataly da estação Oculus é ótimo, como todos os outros, uma excelente estrutura, os restaurantes dos demais e a parte do supermercado marvilhosa como sempre.

Como dá para perceber, não surpreende o sucesso que a estação Oculus está fazendo entre os turistas, apesar de opiniões divergentes sobre sua beleza e gastos excessivos, há quem ache que o projeto não condiz com a arquitetura do Financial District. Discordamos desse ponto de vista, afinal o Memorial 11 de setembro e o One World Trade Center por exemplo, são projetos arrojados e extremamente modernos e que não sofreram críticas nesse sentido.

Mas como opinião é uma coisa pessoal, para nós a Oculus cumpre e muito bem o seu papel.

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