Vanessa, uma leitora viajante assídua aqui do blog, fez uma viagem de 7 dias no Chile e veio aqui nos contar tudo, apesar de ser um país quase vizinho ainda não conhecemos, como temos muita vontade de ir adoramos saber detalhes da viagem que ela veio compartilhar com a gente.
⇒ Leia também O que fazer em 3 dias em Jericoacoara e Morro de São Paulo: o que fazer em 5 dias que são outras viagens que Vanessa registrou aqui em nosso blog.
Conta aí Vanessa, mais uma vez esse espaço é todo seu :).
1 – O que levou você a escolher esse destino de viagem?
Pensava em conhecer Santiago há um tempo mas ainda não tinha parado pra planejar até que vi uma promoção de passagens no Melhores Destinos, R$ 800,00 ida e volta (partindo de SP), comprei na hora.
2 – Como era composto o grupo de viajantes?
Resolvi convidar meu pai, seria uma forma de passarmos um tempo juntos e de conhecermos a neve.
3 – Como foi o roteiro de vocês? Quantos dias, cidades visitadas.
Ficamos 7 dias no Chile. Fomos para Santiago, Cordilheira dos Andes, Cajon del Maipo, Viña del Mar, Valparaíso e visitamos uma vinícola.
Depois de compradas as passagens, comecei aos poucos a ler blogs de viagens, pesquisar roteiros e entender mais sobre o turismo no local. Fiquei impressionada com quantas agências de turismo existem por lá, muitas de brasileiros. Impressionante também como Santiago sabe explorar esse segmento, atrações diversificadas e para todas as estações do ano.
Pesquisei muito hotel, vi que aluguel de apartamento era mais barato mas escolhi um hotel boutique pequeno situado próximo do centro, o Casanoble Hotel Boutique. Uma boa pedida pois fica em uma rua sem saída e era super tranquilo para dormir à noite, além de conseguirmos fazer várias coisas a pé.
Nossa estadia era de sete dias e eu já sabia que queria conhecer a Cordilheira dos Andes, o Cajon del Maipo, Viña del Mar, Valparaíso e uma vinícola. Adoro vinho e cada vez que lia mais sobre as vinícolas mais ficava em dúvida. Como meu pai não bebe e os tours são casados, duas ou mais vinícolas, eram demorados e mais caros, resolvi ir para a mais convencional e a que eu mais conhecia, a Concha Y Toro.
Preparativos para a viagem
Fechei tudo com a Mi Viagem por Chile, foi o melhor custo benefício dentre as agências pesquisadas. Também me deram muita atenção nas conversas pelo whatsapp.
Durante minhas pesquisas fiquei sabendo que existia visita agendada ao Palácio de La Moneda, o palácio do Governo local. Preenchi formulário nesse link e fiz reserva, depois recebi a confirmação por e-mail.
Liguei para algumas casas de câmbio aqui e comprei R$400,00 em pesos para não chegar sem dinheiro lá.
Nosso roteiro de 7 dias no Chile
A partida
Partimos de Recife na madrugada do dia 06/08, fomos para SP e depois RJ (passagem promocional faz a gente rodar…) e chegamos em Santiago no fim do dia.
Viagem tranquila, o avião pega uma turbulência daquelas quando passa nas Cordilheiras, fila grande na Imigração e na Aduana. Chamei um Uber no aeroporto, não sabia que o serviço ainda não era legalizado mas já sabia que não devia pegar táxi (eles trapaceiam e eu, infelizmente, fui pega numa dessas – conto já já).
Com o wi-fi do aeroporto mesmo consegui chamar um Uber, o primeiro mandou mensagem dizendo que pegaria a gente do lado de fora, cancelei. O segundo, mais safo, pediu que ficássemos no andar superior, na última saída e nos pegou correndo já saindo do aeroporto. Diante de todas as pesquisas que fiz, se não conseguisse Uber optaria pelo transfer que cobra 7.000 pesos por pessoa e é compartilhado (o Uber custou 12.800).
Fizemos um lanche, abrimos as malas e fomos descansar para aproveitar o dia seguinte.
Dia 01
Na terça tomamos café e saímos para desbravar o centro. Minha ideia era pegar a Troca da Guarda na frente do Palácio e fazer o câmbio. Muitas distrações no caminho e perdemos a Troca, acontece sempre em dias alternados (em agosto era em dias ímpares às 10h, nos fins de semana às 11h), mas conhecemos a Plaza de Armas, alguns prédios históricos, algumas ruas famosas e fomos na Agustinas, local em que se concentram casas de câmbio.
Já tinha lido sobre algumas, todas tem um letreiro na entrada com informações sobre valores de compra e venda. Entramos na Afex, o valor de compra era 161 (um real custava 161 pesos), fila rápida e bom atendimento. Levei aquelas doleiras por dentro da roupa mas nem precisava, me senti sempre muito segura em Santiago.
Depois fomos para o outro lado do palácio e procuramos o Bairro Paris – Londres, pequeno trecho em que se encontram ruas com imóveis que tem arquitetura parecida com as de Paris e Londres. Andamos um pouco por lá e depois almoçamos no La Piccola Italia (massa, preço bom), tudo perto do palácio pois à tarde teríamos a visita guiada. Depois do almoço fomos para o centro cultural que fica no subsolo do La Moneda, tomamos um café e depois seguimos para a identificação na porta do palácio.
A visita é bem interessante. Além de passar por várias alas do palácio, locais que são utilizados para posse de ministros e eventos oficiais, ficamos sabendo um pouco mais da história do país e de Allende. Foram uns 40 minutos lá dentro, um grupo de umas 10 pessoas.
À noite fomos jantar no restaurante Como Água para Chocolate. O restaurante é famoso entre os brasileiros e eu entendi a razão. Local super aconchegante e bonitinho, atendimento excelente e comida muito saborosa. Vale a pena conhecer mesmo. Só é um pouco caro.
Na verdade achei Santiago cara, especialmente no que diz respeito à alimentação. Esse jantar para dois (02 pratos, uma sobremesa, um suco e um vinho pequeno) custou 51.000 pesos, cerca de R$ 316,00.
Dia 02
Na quarta fomos para Valparaíso e Viña del Mar. Grupo de brasileiros na van. Paramos no Mercado do Vinho na estrada, descemos para conhecer, ir ao banheiro, tomar café.
O melhor lugar pra comprar vinho é em Santiago mesmo, nos supermercados. Tem o Jumbo, que dá até plástico bolha pra embalagem, e o Lider (da rede Walmart). Eles fazem muita promoção, tipo 03 garrafas por um valor mais baixo, mas mesmo não achei vantagem (os preços não eram tão diferentes do Brasil para justificar carregar peso).
Seguimos para Valparaíso e me decepcionei com a entrada da cidade. A Avenida Argentina é uma bagunça, as calçadas cheias de ambulantes, o transporte coletivo é daqueles ônibus elétricos velhos. Chegando na Avenida Brasil a aparência muda, bem mais organizada, arborizada, bonita mesmo. A cidade é portuária e o fomos conhecer o porto mais importante do país.
Depois fomos pegar um funicular antigo, tipo um bonde, para ver a vista lá de cima e ter acesso a uma feirinha de artesanato. O guia não explicou que pegaria a gente lá em cima, terminamos e descemos, momentos de tensão até que o grupo desceu todo já na van e nos pegou lá embaixo (os guias às vezes não explicam bem os pontos de encontro, percebi isso nos outros dias mas já estava escolada).
Depois fomos almoçar num local muito bonito. Um castelo, o restaurante Castillo Del Mar tem uma vista linda para o mar. Ambiente agradável, mesa reservada para o grupo. A comida não foi tão saborosa mas valeu pela integração (não tivemos outra opção de local).
De lá seguimos para Viña del Mar. Local muito bonitinho e bem cuidado, bem arborizado, flores nos postes (uma graça). É o local em que os chilenos tem ‘casa de praia’ (vimos muitos apartamentos). Na orla tem um pier grande, local de nossa parada. Andamos por ele, alguns desceram pra areia, tinha também uma feira de artesanato.
Volta para Santiago e muito trânsito. Sempre pegamos trânsito complicado nos percursos de ida e volta dos tours, todos ficam mais afastados do centro. Chegamos tão cansados que fomos direto em um café próximo do hotel pra jantar (cafeteria é o que mais tem ela cidade).
Dia 03
Na quinta fomos para as Cordilheiras. Nosso passeio foi panorâmico, Farellones e Valle Nevado. Quem quisesse podia pagar para entrar nos parques ou fazer aulas de esqui.
A vista no percurso todo é fantástica. São várias curvas fechadas, sessenta até o Valle, super altitude. Dá medo de ver nas curvas a altura em que estamos. Paramos para tirar fotos em dois pontos na subida e em um deles tomamos chá de coca para ajudar a não estranhar tanto a altitude. Pra gente fez efeito mas ouvimos relatos de pessoas passando mal (mais com as curvas do que com a altitude). Vale a pena demais!
Muito bom sentir a neve, brincar nela. Me joguei logo, fiquei deitada sentindo aquele friozinho (alugamos roupas impermeáveis, é imprescindível – não quero nem pensar em como é ficar molhada naquele frio! – cada peça custava 7.000 pesos, cerca de R$ 44,00 ou 25.000 pesos o conjunto de calca, casaco, bota e luva, R$ 155,00).
Nesse passeio é interessante levar lanche, tudo é mais caro por lá (a água, garrafa pequena, em Santiago custa 1.000 pesos, pouco mais de R$ 6,00, nas Cordilheiras custa 2.000 pesos). Tem restaurante e algumas lanchonetes em trailers mas depende do grupo se faz parada para almoço ou não. No nosso caso todos lancharam e voltamos pra enfrentar o trânsito do início da noite na cidade.
Chegamos cansados no hotel mas nos organizamos e fomos jantar em Lastarria, bem próximo do hotel. Bairro boêmio, com artistas na rua fazendo performances, vendendo artesanato, grafitagens em prédios. Tentamos ir no Bocánariz, um wine bar que tinha visto por indicação nas pesquisas que fiz. Mesmo chegando cedo não conseguimos mesa e achamos o Mulato, tipo bistrô, na mesma rua. Uma pedida bem legal com preço bom.
Dia 04
Na sexta tínhamos agendado a Concha Y Toro. Fomos pela manhã e encontramos um pessoal do RJ e RN que estavam conosco no passeio da quarta e já marcamos almoço pós vinícola no Mercado Central.
O tour na Concha Y Toro é bem legal, dura uns 40min, a guia falava um português bem devagar e conseguimos entender tudo que explicava. Passamos pela casa da antiga fazenda, pelos jardins, vimos as plantações de uvas (todas separadas por tipo), fizemos três degustações com explicações detalhadas e ganhamos as taças que utilizamos (uma para cada pessoa). Momento bem legal foi quando entramos na adega construída por Don Melchor, local em que começou a lenda do Casillero del Diablo com uma apresentação que usa recurso de luz e som.
No final do tour somos direcionados para a loja que tem vários tipos de vinhos e acessórios, tudo caro. Tem também um café bem charmoso ao lado com preços bons.
Saindo de lá fomos para o mercado almoçar. O local é pequeno e com cheiro forte de peixe. O pessoal dos restaurantes briga pelos clientes, fiquei me sentindo mal com a insistência e paramos no Rincón Marino. Fomos super bem atendidos, eles serviram uma dose de pisco e uma porção de ceviche por conta da casa. Comemos salmão, tudo do mar é muito gostoso em Santiago e pagamos 19.500 pesos em dois pratos e sucos (cerca de R$ 121,00).
Resolvemos sair de lá e fazer uma caminhada de uns 30min até o Cerro San Cristóbal. Quando chegamos vimos que tinha uma feira de artesanato mas nos dirigimos logo para fila do funicular. O Cerro é bem alto e a subida tem uma vista bem legal.
Lá em cima tem uma área com algumas lojinhas, café e lanchonete. Vimos o anoitecer que foi lindo, a cidade se acendendo, descemos de bondinho. Vale muito a pena o local, a vista e os dois transportes. Paguei pouco mais de 3.000 pesos (cerca de R$ 18,00) e meu pai um pouco menos.
Chegamos bem cansados no hotel. Saí pra comprar lanche pra noite, o almoço foi tarde não estávamos com fome, e depois descansamos.
Dia 05
No sábado tivemos o dia livre. Voltamos para o centro para pegar a Troca da Guarda que seria às 10h. Muita gente reunida na frente do palácio e pontualmente a apresentação inicia. Muito bonito e organizado. Vários oficiais a pé, a cavalo, banda marcial. Eles fazem alguns movimentos coordenados e banda toca algumas músicas bem conhecidas. O auge é quanto toca Aquarela do Brasil e a praça toda dá aquele levante. A apresentação toda leva uns 40 minutos e logo a multidão dispersa.
Continuamos andando pelo centro. Bem legal apreciar os prédios históricos.
Fomos na rua Bandera, a rua colorida. Ela é bloqueada para automóveis, tem o chão todo pintado e alguns bancos coloridos, local bem convidativo para fotos.
Pegamos um táxi para o restaurante Giratório, perguntei o valor antes (5.000 pesos – cerca de R$ 30,00), precisávamos chegar cedo porque não fizemos reserva. Ficamos na recepção do prédio e só fomos liberados para entrada às 12h30, horário da abertura do restaurante.
Muito legal o ambiente e o restaurante completa o giro 360° em uma hora. O local das mesas e cadeiras que se move, o bar no centro fica parado. Fixei o olhar em um prédio e conseguimos perceber a volta toda, mesmo que lenta. A ideia era irmos de dia mesmo apra observar melhor a paisagem.
Eles têm o menu do dia, cardápio completo (entrada, prato principal, sobremesa e um copo de suco ou refrigerante ou taça de espumante ou vinho). Custa 17.500 pesos, cerca de R$ 108,00 e as opções são variadas (pescado, carne, frango). Comida bem boa e ambiente legal, tem que ir conhecer. Nossa conta total deu 42.130 pesos (cerca de R$ 261,00) com ‘propina’. Pra tudo tem a gorjeta que eles sempre perguntam se incluem ou não.
Saindo de lá fomos no shopping Costanera que é bem famoso pelo mirante que tem no topo. É o edifício mais alto da América do Sul. Quem quer ver a vista panorâmica paga uma taxa, como vimos no Cerro não fizemos questão de subir.
Voltando de lá para o Museu de Bellas Artes tivemos que pegar um táxi. Não consegui Uber e foi aí que fomos enganados. A distância era considerável mas nada que pudesse dar 20.000 pesos, em torno de R$ 124,00. O triste do taxista deve ter levado de mim uns 8.000 pesos, não sei como conseguem ludibriar mas ficamos meio que reféns dessa situação.
Conhecemos o Museu de Bellas Artes, esse tem entrada gratuita e é lindo. Ficava bem próximo do hotel.
À noite comemos rapidamente e fomos pro Lider comprar lanches para nosso último tour.
Dia 06
No domingo fomos para o Cajón del Maipo. Saímos ainda no escuro (o horário de verão havia começado na madrugada), fomos alugar roupa (nós só pegamos sapatos) e seguimos. A viagem é longa, paramos em San José del Maipo pra ir ao banheiro, tomar café e lanchar e continuamos na estrada.
Paramos em um túnel de 1km que normalmente os turistas percorrem a pé e a van pega o grupo no final. Dá pra fazer fotos lindas. O lugar é lindo, é uma represa a 2.500m sobre o nível do mar. Vista impressionante no caminho.
Por ser domingo o Cajón estava lotado. Os chilenos também vão pra lá, era Dia dos Pais e muitos faziam piqueniques. A van ficou no estacionamento e marcamos hora pra volta. Andamos muito, subindo. Vai faltando um pouco de ar e algumas pessoas não chegam até o final. A vista do lago é sensacional, vale a pena o esforço só para ver a água espelhando as montanhas com gelo.
Algumas pessoas foram até a ponta final, outras desceram mas nós ficamos com a vista de cima mesmo. No caminho até o lago tem alguns poucos banheiros químicos, custa 500 pesos (uns R$ 3,00) para uso e são bem limpos. Algumas pessoas vendem lanche no local.
O guia ofereceu um piquenique regado a vinho, bem legal.
Chegamos no final da tarde, descansamos um pouco e fomos ao Bocánariz. Dessa vez reservei mesa. É um bar de vinhos muito legal, tem de todo tipo e para todo tipo de harmonização. Nosso jantar custou 40.000 pesos (R$ 248,00).
Dia 07
Na segunda, nosso último dia, fomos ao supermercado comprar Pisco e chocolates, passamos na Afex para trocar um restinho de peso por Real e andamos um pouco pela Plaza de Armas.
O hotel programou um táxi para nos levar ao aeroporto, 20.000 pesos. Pelo taxímetro deu 19.000 mas pagamos o valor combinado.
Percebi que no aeroporto tem alguns guichês da Afex e o preço de venda do peso estava melhor do que no centro.
Lanchamos no aeroporto mesmo numa praça de alimentação depois de entramos no embarque e partimos para SP.
Esse foi nosso roteiro de 7 dias no Chile, a viagem foi muito legal. Não pegamos o frio que pensamos mas fomos preparados. Voltaria para Santiago em outra estação ou talvez para ir ao deserto mas antes quero desbravar outros locais.
⇒ Para fazer a conversão no momento de pagar as contas por lá basta multiplicar o valor em pesos pelo valor da compra do dia. Eu comprei o peso por 161 (um real equivalia a 161 pesos) então uma água de 1.000 pesos custa R$6,21 ( a conta é 1.000 dividido por 161).
Gastamos R$ 3.000,00 durante toda a viagem, basicamente tudo em alimentação porque as demais despesas já estavam pagas.
Que viagem maravilhosa a intensa hiena Vanessa! Adorei o tour gastronômico – e salgad0 – que vocês fizeram mas há coisas que valem a pena em viagens realmente.
Muito obrigada por vir aqui nos contar mais uma vez sua viagem e que venham muitas outras.
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