Você conhece alguém que não vai a pelo menos uma das tradicionais cantinas em São Paulo quando está na cidade a passeio? Até mesmo muitos paulistanos são frequentadores assíduo, imagina os turistas que muitas vezes moram em cidades que não têm esses restaurantes típicos italianos e aproveitam a estava da capital paulista para se deliciarem com a culinária que agrada a tantos paladares.
Todas as vezes que fomos a São Paulo até hoje – e olha que fomos muitas – vamos a uma cantina e geralmente optamos pelo jantar, mas já fomos almoçar também. Seja numa viagem apenas de casal, em grupo com amigos e também quando levamos os meninos numa viagem em família.
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As cantinas em São Paulo fazem parte da tradição da cidade, muitas foram passando de uma geração para outra de uma mesma família como uma herança mesmo, mas não no sentido material da palavra e sim do amor e da vontade de manter a tradição familiar que deixa sua marca registrada seja nas paredes com fotos da família, de celebridades que passaram pelos salões e até mesmo no cardápio que se procurarmos com calma e atenção encontramos aquela receita da nona que tanto agradou à família e que foi introduzida ao menu para que outros desfrutassem do prazer de um prato delicioso feito com amor.
Esse é o espírito das cantinas, seja no país da origem, seja em São Paulo, a metrópole brasileira abrigou tantos italianos lá atrás que formaram suas famílias e ali fincaram raízes e hoje dividem seus costumes e delícias com os paulistanos e com os turistas, grupo onde nos enquadramos.
Depois de tantas idas à cidade vimos que ainda não havíamos registrado aqui as cantinas em São Paulo que fomos e que queríamos dividir com nossos leitores. Selecionamos 4, aquelas que mais gostamos e onde fomos mais de uma, duas vezes mas a última dessa dessa lista foi a mais recente que fomos e como foi numa situação inusitada para nós deixamos para contar a historinha no final.
Nossas dicas de cantinas em São Paulo
Cantina do Roperto
É isso mesmo, não pense que escrevemos errado, é com P mesmo. Essa foi a primeira cantina que conhecemos, fomos jantar numa das noites de um final de semana prolongado que passamos na cidade como turistas. Eu já morei no interior do estado na infância e fui com meus pais na época para a capital, mas quando voltei vi que não lembrava de praticamente nada. Então aquela foi minha primeira vez em São Paulo como turista.
Quem nos indicou a Cantina do Roperto foi o taxista que nos pegou no hotel. Ele nos pareceu uma pessoa honesta, tinha uma conversa boa, decidimos confiar na indicação e fomos jantar, éramos 5 pessoas.
A cantina fica onde? No Bixiga! Na rua há outras cantinas e a do Roperto é a maior delas. Funciona numa casa antiga com dois ambientes bem distintos, um com toda a decoração típica de uma cantina com madeira na paredes, fotos e garrafas penduradas. No salão ao lado sem tantos elementos e com mais espaço para mesas.
O cardápio é bem recheado com as tradicionais massas italianas, tem música ao vivo todos os dias no jantar e no almoço de sábado.
Todos os pedidos que fizemos até hoje foram aprovados, a carta de vinhos e as sobremesas também são muito boas. Fomos jantar mais de uma vez e almoçamos quando estávamos com os meninos.
Endereço: R. Treze de Maio, 634 – Bixiga
Famiglia Mancini
Tradição não falta nessa cantina que funciona em dois espaços distintos mas na mesmo rua. No maior que fica na esquina fica a Pizzaria Família Mancini e no outro um pouco mais abaixo o clima da casa de uma família italiana impera nos detalhes da decoração da Famiglia Mancini. Já fomos aos dois e adoramos.
Cardápio pra lá de completo além de um enorme buffet com serviço self-service, é impossível sair de lá dizendo que não encontrou nada que agradasse ao paladar.
Mas o grupo tem outros 5 endereços na mesma rua Avanhandava, basta chegar lá e escolher em qual quer sentar e apreciar uma boa comida. Desde 1980 Walter Mancini chegou por lá para não mais sair e tomar conta da rua :).
Lellis Tratoria
Fomos primeiro à Lellis Tratoria Matriz que fica nos Jardins, essa é que tem camisas e mais camisas de times de futebol espalhadas pelas paredes e pelo teto. Os salões são bem espaçosos e sempre estão cheios. A comida é deliciosa e bem servida.

Experimente o Tiramissu, vale a pena.
E mais uma Lellis
Depois em outra viagem a São Paulo soubemos de outro endereço na região, tratava-se da Lellis Tratoria Campinas mas que essa não é do grupo da matriz. A casa foi vendida em 1987 e desde então mantém o nome mas não é uma filial. A que funciona em Curitiba é do grupo fundador.
A decoração é bem diferente da outra, tem lindos azulejos nas paredes, os salões são menores mas muito aconchegantes. Pelas paredes muitas caricaturas de personalidades que passaram por la.

Olha o tiramissu aí de novo 🙂
Já fomos nas duas e aprovamos ambas, mas achamos o cardápio da Campinas muito extenso que chega a nos confundir de tantas opções. A Lellis Tratoria Matriz tem um clima mais aconchegante, tipicamente italiano, com músicos passando pelas mesas cantando a Tarantela e aquele barulho tradicionalmente italiano e alegre.
Endereço: Rua Bela Cintra 1849 – Jardins
Cantina e Pizzaria Piolin
Fomos a uma peça de teatro e para não sair do costume de sempre Ricardo puxou papo com o motorista do Uber, um dos assuntos foi que queríamos jantar e de preferência numa cantina que ainda não conhecêssemos.
Estávamos hospedados no Belas Artes SP Paulista Managed By Accorhotels na Frei Caneca, a dica do senhor foi a Cantina Piolin, nunca tínhamos ouvido falar dela e lá vamos nós acatar mais uma vez (lembra da Cantina do Roperto?) a indicação de quem vive na cidade e está acostumado a levar turistas para comer.
Mas a primeira impressão não foi das melhores, eu na verdade não queria nem descer do carro quando paramos em frente à casa verde que tinha uma luz fraca na fachada. Estávamos lá embaixo da Rua Augusta, já passava das 22h de uma noite de sábado e o visual da Cantina Piolin aquela hora não era nada convidativo.
Relutamos um pouco mas o senhor que nos levou até lá nos garantiu que a casa estava um tanto decadente mas que a comida era de primeira e que a cantina era muito bem frequentada. Ok, respirei fundo, peguei na mão de Ricardo e lá fomos nós, mas o trato foi de que se a coisa não melhorasse nos primeiros metros dentro da casa daríamos meia volta.
Fui de mente, coração e estômago abertos, esse último na verdade estava o mais amplo de todos e só em pensar em ter de procurar outro lugar aquela altura já me fez encarar o que tivéssemos pela frente…fomos entrando, vimos os ambientes e resolvemos sentar no maior salão do restaurante onde havia outras 4 mesas ocupadas.
Vimos que havia famílias apesar da hora mais avançada e nas demais mesas 2 ou 3 casais na mesma mesa como fazemos muito aqui em Recife, saímos com casais de amigos para tomarmos umas garrafas de vinho e comermos bem.
E nossas impressões – minha principalmente – mudaram quase que da água para o vinho em pouco tempo. Um garçom chegou em nossa mesa já com o cardápio em mãos. Pedimos água e fomos ler as opções com calma. Escolhemos e para beber um vinho tinto.
O cardápio tem muitas opções não só de comida italiana mas esse é o forte da casa. A carta de vinhos não é muito diversificada mas dá pra escolher uma garrafa para acompanhar o jantar sim. Estávamos já ambientados e foi quando comecei a olhar ao redor agora bem mais calma e bem acomodada e claro que bem mais tranquila.
A Cantina Piolin precisa de manutenção, os móveis são bem antigos, mas tudo isso ficou em segundo plano e deixou de importar tanto quando nosso prato chegou e depois para minha surpresa, quando escolhemos um pudim de leite condensado daquele bem caseiro e ele veio com uma calda de ameixa e umas frutinhas bem molinhas por cima. Nossa, escrevendo aqui juro que senti o sabor daquela maravilha, fazia muito tempo que eu não comia um pudim tão delicioso, caseiro e bem feito.
O garçom que nos atendeu trabalha na Piolin desde que abriu há mais de 40 anos. Ricardo sempre puxando conversa pra cá, conversa pra lá soube que o cozinheiro, sim porque o garçom disse que ele não era chef, era conhecido como Lampião e que era nordestino. Pronto, foi aí que a Piolin ganhou de vez o respeito como ‘a’ cantina para ir em São Paulo.
Antes que eu esqueça, são vários ambientes, entramos pela lateral que tem algumas mesas e algumas portas para o salão principal, ao fundo tem outro salão e quando entramos vimos que havia outra parte menor que era a que víamos do lado de fora com janelões grandes, acho que era uma pequena sala da antiga casa que foi residência de Oswaldo Aranha, imagina!
Descobrimos depois que o prédio é tombado e que não pode passar por grandes reformas e que é o terceiro endereço da cantina mas todos na Augusta. Ainda confirmamos pelas fotos nas paredes e depois da conversa com o garçom que a cantina era o lugar preferido dos artistas que iam pra lá após seus espetáculos nos teatros e casas de show da cidade.
Atualmente não é mais tão procurada por eles mas vai e vem aparece um por lá. Lembramos que ouvimos o nome Piolin nos anúncios de apoio da peça que havíamos visto horas antes de irmos jantar.
Quando saímos de lá estávamos tão relaxados e satisfeitos que resolvemos subir a Augusta a pé (já passava da meia-noite) até chegarmos ao nosso hotel que estava paralelo a ela mas lá em cima a uma quadra da Paulista. Vimos um lado da cidade que ainda não conhecíamos porque não fazia parte – até aquela noite – dos nossos roteiros por lá. Os detalhes não têm nada a ver com o tema desse post, então vamos nos ater ao que interessa.
O que aprendemos nessa noite?
- O visual nem sempre diz tudo;
- Que não devemos tirar conclusões precipitadas;
- Devemos dar valor às coisas simples.
Endereço: Rua Augusta, 311 – Consolação
Quem tem mais cantinas em São Paulo para indicar? Coloca nos comentários que quando voltarmos lá queremos conhecer.
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