Vamos contar tudo sobre como é viajar de ferry na Grécia. Fizemos os trajetos de Atenas para Mykonos, depois seguimos para Santorini e por fim para Milos de onde partimos de avião de volta para Atenas.

⇒ Leia também Aegean e Olympic. Como é voar com essas cias aéreas gregas.

Durante nossas pesquisas sobre os deslocamentos entre as ilhas gregas, encontramos muitos relatos interessantes e vídeos mostrando como é o ferry por dentro, embarque, desembarque mas nenhum comentava sobre os tipos dos barcos.

Com as datas definidas, compramos os tickets online sem nenhuma dificuldade, recebemos os vouchers por email para trocarmos no porto em Atenas e seguimos para nossa viagem onde comemorávamos nossos 20 anos de casados.

⇒ Leia também Quanto custa viajar para a Europa a dois

Compra de passagens

Compramos todas as passagens online no site e fizemos uma única compra, isso facilitou na hora da troca dos vouchers pelos tickets porque recebemos de todas as viagens juntos e poupamos tempo nos outros portos.

Fizemos um post com o passo-a-passo ⇒ Passagens de barco na Grécia: onde e como comprar

Nesse post tem todos os detalhes da compra, categoria que escolhemos e os preços.

Qual categoria escolher?

Lemos relatos de viajantes que diziam que a diferença entre as categorias de acomodação no ferry era bem pequena, alguns não viam vantagem em pagarem um pouco a mais pela primeira classe por acharem que não fazia sentido. Outros defendiam que o valor compensava a diferença de espaço nas poltronas por exemplo.

Quando estávamos pesquisando nossas passagens, escolhemos a Club Class para 2 trajetos e a Silver, que é a categoria econômica, para o último até para conhecermos. A diferença de preço não era grande mas levamos em conta os comentários de quem já havia feito essa viagem e decidimos conhecer as 2 opções.

Como é viajar de ferry na Grécia

O andar superior é o da categoria Club Class e a Silver é essa abaixo da escada

Onde trocar o voucher pelo ticket

Nós trocamos o voucher que recebemos por email no guichê da SeaJets no porto de Piraeus em Atenas. Nosso ferry sairia às , chegamos 1:30h antes porque não sabíamos como seria a fila, mas foi super tranquilo, não havia quase ninguém e o dia ainda não tinha amanhecido.

Entregamos o voucher e recebemos um envelope com os tickets dos três trajetos que faríamos entre as ilhas. Rápido e sem burocracia.

Guichê da SeaJet no porto de Atenas

Nos outros portos por onde passamos vimos que os guichês para compra/ troca de tickets são fáceis de encontrar. Quem não partir de Atenas não terá dificuldade em pegar as passagens nos portos de Mykonos, Santorini e Milos.

Guichê para compra/troca do ticket para o ferry

Guichê no porto de Milos

Tipos de ferry

Achamos um pouco confuso identificarmos os ferries, são várias empresas e na hora da compra aparecem os nomes delas e os nomes dos barcos mas não há explicação sobre as diferenças entre eles.

Procurávamos pelos barcos rápidos, pra você ter uma ideia, a viagem entre Atenas e Mykonos pode durar ente 3 horas e 7 horas dependendo do ferry. O tempo de viagem aparece na hora da escolha.

Claro que isso também tem um custo, quanto mais tempo de viagem, mas em conta será a passagem. O motorista do táxi que nos levou ao porto em Atenas disse que quem viaja nos barcos lentos precisa chegar com pelo menos 3 horas de antecedência para conseguir um lugar para sentar. Imagine ficar 7 horas num barco em pé?

Nossos trajetos foram todos com a SeaJets. Fomos de Atenas para Mykonos e de lá para Santorini no ferry chamado Champion Jet e de Santorini para Milos no Paros Jet. Mas esses nomes estão identificados nos tickets.

Tipos de ferry na Grécia

Ferries que vimos nos portos ou que cruzaram com os nossos durante as viagens

Embarque

Entrar no ferry é um momento um tanto conturbado, ele atraca com a parte de trás do barco virada para o porto e abre as 2 enormes portas, por uma saem os veículos e pela outra as pessoas que ficarão naquele destino.

É muita gente ao mesmo tempo, cada uma puxando sua mala e a tripulação do ferry orientando por onde deve seguirem. 5 minutos depois começam a chamar quem vai embarcar e do outro lado os veículos começam a entrar também.

Seguimos em bandos, uns colados nos outros, mostramos os tickets antes de chegarmos à rampa de acesso ao ferry e de lá somos orientados a procurarmos as prateleiras sinalizadas com nosso destino para colocarmos as malas.

Isso acontece muito rápido, os gregos gritando para irmos rápido porque precisamos partir. O primeiro embarque foi bem agitado, nos demais já sabíamos como proceder.

Embarque num ferry na Grécia

Veja as rampas de acesso ao ferry. Do lado esquerdo a que entram os passageiros e do lado direito a dos veículos.

Depois de acomodarmos as malas, seguimos para as laterais onde há escadas e um funcionário orientando sobre o lugar de cada passageiro.

Bagagem

Em todos os ferries que navegamos as bagagens não ficaram perto de nós. Os 2 primeiros eram exatamente iguais e o último era bem menor e o compartimento de bagagens era diferente.

Nos Champion Jet havia no porão umas prateleiras grandes com umas placas identificando a cidade de destino e colocávamos as malas nelas. A dica é colocar cadeados, não vimos ninguém reclamando sobre alguma violação mas ‘seguro morreu de velho’. Podemos levar um volume menor ou mochila para dentro do ferry.

Compartimento para bagagens no ferry na Grécia

No Paros Jet que é um ferry bem menor, as malas ficam no meio do barco no deck onde entramos. É um corredor estreito e elas ficam bem amontoadas. Mais pra frente eu comentarei sobre esse ferry com mais detalhes porque ele merece!

√ Pondere o tamanho e tipo das malas, prefira as de rodinhas e no máximo de tamanho médio para facilitar o manuseio dentro do porão.

A viagem

Atenas para Mykonos e Mykonos para Santorini

Chegamos ainda escuro ao porto de Piraeus em Atenas. Estava bem deserto. Depois que trocamos nossos tickets com a ajuda do taxista que nos levou, seguimos para uma área coberta onde havia una bancos.

Vimos que outros passageiros estavam por lá, acomodamos nossas malas e sentamos. Ganhamos do taxista um doce para comermos na viagem, uma gentileza que adoramos. Aproveitamos para deixar o contato dele aqui, gostamos muito do atendimento e indicamos com tranquilidade. Fizemos os traslados do aeroporto para o hotel e depois para o porto. O nome dele é Mixalis e da esposa Fabiana, contato é pela página  Grego e Brasileira.

Porto de Piraeus em Atenas

Quando nos acomodamos vimos que tinha gente dormindo nos bancos de trás, mais pessoas foram chegando e o movimento de táxis e motos no porto começou.

Um senhor vendendo um tipo de broa oferecia a iguaria aos passageiros, era uma carroça bem precária e o uso de luvas não era hábito do vendedor. Mas ele vendeu algumas kkkk.

Bom, ficamos sentados em frente ao nosso ferry que estava ancorado quando chegamos. Percebemos que seria a primeira viagem do dia dele.

Assim que abriu as portas começamos o embarque como já comentamos anteriormente.

Ferry Champion Jet que foi o mesmo para os 2 trajetos

Ferry na Grécia

Nosso ferry

Esse barco é enorme, são 2 andares além do porão e do terraço. Houve momentos durante a viagem que esquecemos que estávamos navegando.

Tem uma ótima estrutura com lanchonete em cada deck, muitos banheiros, brinquedoteca, lojinha. No terraço há bancos para quem quiser viajar lá em cima ao ar livre. Nos sentimos muito bem durante todo o percurso nas 2 viagens que fizemos nesse ferry. Atenas – Mykonos e Mykonos – Santorini.

Interior de um ferry na Grécia

Áreas com assentos, lanchonetes, brinquedoteca e banheiros

Terraço de ferry na Grécia

Terraço do ferry onde ficamos um tempo saindo do porto de Piraeus

Ferry Paros Jet

Ferry Paros Jet

Quando virem esse nome na pesquisa antes de comprar os tickets pulem e procurem outro, se não tiver outra opção, vá de avião. Esse barco é terrível!!!!

Estávamos muito satisfeitos com as viagens anteriores de ferry e jamais imaginávamos passarmos pelo perrengue que foi o trajeto de Santorini para Milos.

Quando vimos o barco parando no porto já achamos bem diferente dos outros 2, bem menor, mais acanhado. Já na entrada totalmente diferente, entramos pela lateral, não havia o porão para malas e claro veículos não estariam naquele barco também.

O compartimento para malas era entre os 2 vãos de assentos da categoria Silver – a nossa – que ficava no térreo e havia uma escada ao lado para subir para o deck da categoria Club. Acomodamos nossas malas onde conseguimos espaço, bem apertado por sinal e fomos localizar nossos assentos.

São 4 fileiras de assentos numa distribuição 2 x 4 x 4 x 2. Os nossos eram numa dessas de 4 assentos no meio, Ricardo ficou no corredor, eu do lado e outros 2 passageiros ao meu lado.

Ferry Paros Jet

O barco por fora, onde nos sentamos e o lugar para as malas

O perrengue

O barco saiu e em 5 minutos eu já queria sair correndo. Ele não balançava, ele voava literalmente. Eu olhei pra o lado onde havia janelas e elas não abriam, erma vedadas e a água batia como se estivéssemos num lava jato.

A impressão que dava era que estávamos batendo de frente nas ondas e que caíamos de frente no mar. Nem Ricardo nem eu temos problemas em navegar, pelo contrário, não temos medo nenhum.

Mas começamos a passar mal, eu me concentrei olhando pra o teto e não podia me mexer. O senhor que estava ao meu lado tirou o chapéu da cabeça e começou a se abanar. Eu não podia olhar de lado para ver como Ricardo estava porque eu com certeza iria vomitar.

Perguntei e ele disse que estava conseguindo se segurar mas que não sabia até quando. Mas o senhor ao meu lado não resistiu pegou o saco de papel que estava no bolso da poltrona e vomitou. Ele foi super discreto, silencioso mas se que sentisse o cheiro com certeza não seguraria. Comecei então a respirar pela boca e a rezar. Juro, rezei pra que aquela viagem acabasse o mais rápido possível.

Perto de nossa primeira parada que não lembro o nome da ilha, um tripulante passou pelos corredores oferecendo saquinhos de papel, tinha muita gente vomitando. E ainda tem lanchonete nesse ferry minha gente, como assim?

Bom, na tal ilha alguns passageiros desceram e outros entraram e seguimos nossa viagem para Milos, foi mais uma hora de viagem até chegarmos. Aos trancos e barrancos conseguimos nos segurar e meu vizinho não passou mal novamente.

Quando levantamos e nos dirigimos para pegar nossas malas vimos muita gente com um semblante estranho, o povo tava amarelo kkkk. Agora dá vontade de rir mas na hora era trágico.

Pegamos nossas malas numa agonia daquelas. O espaço pequeno, os gregos gritando pra agilizarmos que o barco iria seguir viagem e ao fundo o barulho de umas pessoas vomitando no primeiro andar.

Descemos praticamente correndo daquele inferno. Quando pisamos no porto não acreditávamos no que tinha acontecido.

Escrevi sobre isso num grupo do Facebook de brasileiros que viajam para a Grécia e lá tinha outra pessoa que também fez essa viagem no mesmo dia, ela, o esposo e a filha passaram mal. Uma coisa que nos chamou atenção foi que durante nossas pesquisas em blogs e até mesmo nesse grupo, ninguém comentou sobre esse tal barco. Claro que se soubéssemos que era assim teríamos ido de avião porque não havia outra opção na data de nossa viagem.

Na verdade não sabemos se há outro tipo de ferry que faz o trajeto Santorini – Milos. Anote aí, Paros Jet é um terror! Fuja léguas dele.

Ainda bem que era nossa última viagem de ferry, se tivesse sido a primeira não teríamos arriscado as outras, perderíamos os tickets e iríamos de avião de última hora. Não há economia que justifique um perrengue daquele.

Os portos

Quando for comprar os tickets, nem todas as ilhas/ cidades aparecem na lista de destinos, estarão lá os nomes dos portos de embarque e desembarque.

No nosso caso, foram – Piraeus (Atenas), Mykonos e Santorini (Thira) – Santorini e Milos.

O de Atenas é enorme e como estava ainda escuro não deu pra tirar fotos.

O de Mykonos é na verdade um calçadão onde os barcos e navios ancoram para deixar e receber seus passageiros. A estrutura é pequena, simples mas funciona para as necessidades da ilha. Tem locadoras de carro se receptivos oferecendo passeios e transfers aos turista que chegam.

Porto de Mykonos

Chegando no porto de Mykonos. Ao fundo um dos navios de cruzeiros que sempre estão por lá no verão.

Em Santorini o porto fica bem afastado da capital Thira apesar de ter o nome da cidade.

Tem bares e restaurantes, locadoras de carro, agências de turismo oferecendo passeios e transfers.

Porto de Santorini

Era bem cedo e o porto ainda estava bem deserto. Quando chegamos não deu pra registrar nada de tanto movimento que estava.

Em Milos são 2 portos, o New e o Old. Chegamos e partimos pelo Old. É bem parecido com o de Mykonos. Um grande calçadão, um pequeno prédio de apoio onde tem banheiros e os guichês para compra/ troca de tickets e os estabelecimentos comerciais do setor turístico pelas redondezas.

Porto de Milos

√ Não deixe de passar um tempinho no terraço superior do barco, a vista é linda, para quem não se sente muito bem navegando é um lugar que alivia muito o mau estar.

Vista do terraço de um ferry na Grécia

Durante a parada na ilha de Naxos

Vimos Naxos apenas do barco, mas vejam o post do blog Caminhos me levem que mostra mais sobre essa linda ilha.

Essa foi uma experiência totalmente nova pra nós, as viagens de ferry na Grécia fazem parte do roteiro de quem viaja para o país e queríamos muito saber como eram. Com certeza voltaremos para conhecermos outras ilhas e viajaremos de ferry novamente, mas agora já sabemos como escolher os barcos.

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Mini guia de como é viajar de ferry na Grécia
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