Sem dúvida o lugar mais incrível que eu já fui na vida. Não tenho esse vasto conhecimento turístico. Gosto muito de viajar, e gosto mais de lugares inusitados do que lugares da moda. Não sei se é o lugar mais bonito que já fui, mas concorre. Isso não me preocupa muito. Tenho dúvidas sempre para escolher o que é mais bonito, melhor… Não tenho comida, música, cantor, lugar, quase nada preferido. Tudo pode mudar, tudo pode me surpreender. Cada lugar que fui tem beleza em algum aspecto. As únicas coisas que sei dizer que são os melhores e mais bonitos do mundo são meu marido e meu time de futebol (rs). Mas, Machu Picchu, a cidade sagrada dos Incas é um lugar que vai me marcar para o resto da vida. Além da beleza estonteante do lugar, ele tem uma magia inacreditavelmente renovadora. Você passa um dia todo naquela cidade e a sensação que você tem é que precisa voltar amanhã.
Vale a pena um parêntese para apresentação formal do lugar que encontrei no bom e velho Wikipédia:
“Machu Picchu (em quíchua Machu Pikchu, “velha montanha”) é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia, em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original. O restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu, em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de “a Cidade Perdida dos Incas” através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas.
O lugar foi elevado à categoria de Patrimônio mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.”
Feita a apresentação formal, quem não viu o outro post vale olhar. Nele eu falo de como chegar de Cuzco a Águas Calientes, que é a cidade base para quem vai conhecer Machu Picchu. Dou lá dicas até a chegada nesta cidadezinha. Atento para os cuidados que se deve ter ao se hospedar, e da importância de estar logo cedo, por volta das 4h da manhã, na rua de onde sai o micro-ônibus. Não tem muito erro. A cidade tem pouquíssimas ruas, a do micro-ônibus, ao menos até 2008, era a que margeava o rio. Tem uma fila quilométrica, mas que anda relativamente rápido porque são muitos micro-ônibus.
Chegando à cidade sagrada, não esqueça de levar seus passaportes (eles têm um carimbo bem lindo dizendo que você esteve em Machu Picchu). Como essa foi a primeira viagem internacional que fizemos, nós ainda não tínhamos passaportes, pois pode-se entrar tanto na Bolívia quando no Peru apenas com identidade. Mas, quem tem passaporte, vale a pena levar para ter o carimbo da cidade. Importante também levar comida e água. Você vai passar o dia inteiro lá, e as lanchonetes que ficam na entrada cobram uma fortuna (em 2009, um cheesburguer simples custava 40 reais, e uma água 10 reais).
Nós não fizemos a Trilha Inca. Tem quem goste da parte mais pesada e curta uma trilha. Tem trilhas de 5, 4 e 3 dias, se não me engano. Quem vai super aprova, apesar de saber que o lugar é bem tenso. Sem banheiros, sem conforto para o descanso e sem banhos no período. Acho que vai do espírito de cada um a experiência. Eu gostei de ir direto para a cidade.
Ao chegar, tente encontrar um lugar alto e bem localizado e sente. Todos estarão fazendo a mesma coisa. Isso se você conseguir chegar antes das 5h da manhã, quando a neblina ainda vai estar escondendo a cidade sagrada. Pense que você vai estar em um espetáculo, e quando a neblina começar a se abrir a cidade se revela, você não vai ser arrepender de ter madrugado. É simplesmente EMOCIONANTE a experiência.
Apesar de não termos tido a experiência de ter guia (o orçamento apertado de bolsistas de mestrado não nos permitia esse luxo), superindico um guia. Tem guia lá que faz tradução até para o japonês. Eles são muito profissionais do turismo. Se pegar um guia, fica tudo mais fácil. Caso não pegue, vá passeando, seguido os grupos com guias ;). Passear aleatoriamente também é espetacular. Ao entrar você ganha um mapinha do lugar.
Outra aventura possível é subir a montanha de Huayna Picchu. Tem que colocar o nome na lista assim que entrar na cidade, pois o número de pessoas por dia é limitado. Nós não subimos porque não sabíamos disso. Tenho que relatar que uma amiga ao subir sofreu um acidente, e as condições para retirada dela do lugar foram precárias. Então, se você não estiver espiritualmente e financeiramente praparado/a para essa aventura, indico ficar pela cidade sagrada mesmo.
Acho que é isso. Qualquer coisa mais que eu falar, estarei me repetindo. A cidade é de uma engenharia e arquitetura impressionantes, além de toda uma relação cósmica e também de um desenvolvimento agrícola incrível. Não há muito o que descrever em palavras. Vale a pena o esforço da visita.
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Mari, adorei o texto e as fotos. Quero muito conhecer Machu Picchu e com certeza levarei o passaporte pra ter o carimbo! Bjs
Machu Picchu subiu de nível na minha lista de próximos destinos. Adorei.
Machu Picchu, em breve chego ai!!! 🙂